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Castelo Branco: Sempre diz que este mandato já se perdeu

Lídia Barata - 07/03/2024 - 8:00

A zona história foi apontada como a alavanca para o desenvolvimento de Castelo Branco, mais uma promessa que a oposição diz ter fracassado.

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Sempre aponta as fragilidades do atual presidente da câmara

O Sempre – movimento independente afirmou segunda-feira, dia 4 de março, em conferência de imprensa, que a última assembleia municipal de Castelo Branco ficou marcada pelo reconhecimento do fracasso, por parte do presidente da câmara. Acusa Leopoldo Rodrigues de apenas se ter preocupado “em atacar o passado para justificar a inoperância” e “culpar terceiros para esconder a incapacidade”.

Recorda que o projeto para a zona história da cidade foi apresentado em campanha eleitoral como “a grande alavanca para o desenvolvimento de Castelo Branco”, pelo que a oposição questiona onde estão “as 250 novas famílias e jovens; os 500 novos postos de trabalho; a atração de 50 novas empresas; as 250 novas habitações; três escadas rolantes”, entre outros”.

Luís Correia, líder do Sempre, citou Ângela Merkel, ao dizer que “os presidentes não herdam problemas. Supõe-se que os conheçam de antemão, por isso se elegem para os corrigir. Culpar os predecessores é uma saída fácil e medíocre”. E apresenta dois exemplos de “fracassos de hoje”, que “nada têm a ver com o passado”. Por um lado, no início do mandato, “não candidatou o apoio à construção de habitações por no mandato anterior não ter sido feita a estratégia de habitação para o concelho e apenas ter sido contratada uma assessoria para a sua elaboração”, que o Sempre afirma seria feita em seis meses, enquanto a atual “demorou dois anos a ser realizada”, além disso, “a estratégia local de habitação atual prevê muito menos habitações do que as 100 casas por ano prometidas em campanha”. O segundo exemplo prende-se com o “imbróglio” do apoio às associações, tendo “demorado um ano e meio a elaborar um novo regulamento que, contas feitas, segue os princípios do existia anteriormente”. Ainda assim, “o presidente teima em não assumir as responsabilidades neste tema”.

Sempre acusa ainda Leopoldo Rodrigues de “passar culpas aos técnicos e à senhora ministra”, referindo-se no caso dos técnicos, às candidaturas perdidas aos Bairros Digitais e aos apoios ao Cine Teatro Avenida. No caso da ministra, o Sempre refere-se a Ana Abrunhosa e à perda da vice-presidência da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional em Castelo Branco, na sequência da extinção da Direção Regional de Agriculturas e Pescas do Centro. “Esquece o senhor presidente da posição fraca que teve quando foi anunciada a extinção da DRAPC”, defendendo que o autarca deveria ter tido “uma posição mais enérgica, unindo todas as forças políticas nesta luta”, mas “não fez o que devia ter feito”. mesmo considera relativamente ao IC31, que perante a denúncia do Sempre do atraso na concretização, “o presidente passa aos ataques pessoais”, alegando que “os elementos do Sempre não conhecem a realidade”, quando “quem afirmou que as máquinas iniciavam os trabalhos em 2025 foi o governo e o próprio”.

O Sempre recorda que a um ano e meio do fim do mandato, o presidente informou que “estava em obra a reabilitação de três casas, que tinha ganho um tribunal administrativo que ainda ninguém viu, que ia abrir novamente o concurso para a escola de chefes (que não explica como vai funcionar) e que tinha conseguido financiamento para a requalificação da Igreja de Santa Maria”, o que “demonstra o fracasso do grande projeto do mandato”, rematando que “este mandato já se perdeu”.

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