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Castelo Branco: Sempre traz à discussão património e ação social

José Júlio Cruz - 24/11/2022 - 15:35

Areia Branca e Gardunha (Louriçal do Campo) voltaram à reunião do executivo. Futuro é ainda uma incerteza.

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Foto Arquivo Reconquista

O movimento Sempre levou as colónias da Areia Branca e da Gardunha (Louriçal do Campo) à reunião pública do executivo camarário albicastrense, tal como as competências de ação social que a autarquia está a receber do Estado. A reunião teve lugar no passado dia 19 e discutiu ainda a mais que provável extinção da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro (ver página 6).

A vereadora Ana Ferreira questionou a gestão socialista sobre as soluções para as duas colónias, lembrando por um lado a demonstração de interesse na compra e querendo saber, por outro, qual a estratégia do município para o futuro dos edifícios. O presidente da câmara revelou que relativamente à Areia Branca “tem estado a ser discutido esse património com a Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa, detentora do imóvel” e que “uma primeira proposta de reabilitação pedida à Ordem dos Arquitetos da Região Centro foi apresentada com um valor estimado muito elevado”.

Ora, segundo Leopoldo Rodrigues, “Castelo Branco não pode entrar numa viabilização dessas por um valor como o que nos foi apresentado”, pelo que “o assunto ainda está em discussão”.

Relativamente ao edifício situado na freguesia de Louriçal do Campo, o que se passa é sensivelmente idêntico. Diz o autarca que “uma avaliação efetuada por peritos municipais e independentes concluiu que seriam necessários mais de 300 mil euros para recuperar o edifício, pelo que comuniquei à comunidade intermunicipal que por esses valores não estamos interessados (…) é provável que o imóvel seja colocado em hasta pública para avaliarmos se há interessados”. Se tal não acontecer, esclarece que a câmara irá apresentar a sua proposta.

Já Jorge Pio (Sempre) lembrou as novas responsabilidades que a autarquia irá receber a partir de janeiro em termos de ação social, questionando-se sobre se o planeamento exigido para situações deste género estará a ser bem feito. O vereador da oposição mostrou-se preocupado com os recursos humanos e outros que são necessários para este fim. “Hoje estamos aqui a abrir oito novos postos de trabalho na área das ciências sociais, o que significa que pelos vistos o município ainda não tem sequer a equipa feita para assumir estas competências” que incluem o atendimento e acompanhamento social, o Rendimento Social de Inserção, entre outros.

“Esta transição poderia ser protocolada por exemplo com a Santa Casa que está atualmente a executar, e bem, esse trabalho (…) seria a decisão mais sensata”, rematou.

Leopoldo Rodrigues começou por referir que “temos o maior respeito pelo trabalho desenvolvido pela Santa Casa e pelos seus técnicos, mas neste caso concreto cabe à câmara municipal decidir e optar”. O presidente do município albicastrense confirmou que “vamos receber essas competências e partir de 1 de janeiro, tal como já o fizeram cerca de outros 90 municípios”.

Contudo, reconheceu que “os valores transferidos pelo governo são insuficientes face às necessidades”, pelo que “temos estado a defender os interesses dos albicastrenses”. Sobre a medida «mais sensata» apontada por Jorge Pio, frisou que “esteja descansado que estamos preparados para dar resposta a essas solicitações”.

PÚBLICO No período reservado às intervenções dos cidadãos, o mais curioso foi Leopoldo Rodrigues ter solicitado a ajuda de Luís Barroso para resolver os problemas que afetam a lagoa da zona de lazer da cidade, depois de este ter criticado mais uma vez o atual estado do local.

As ruas da zona antiga da cidade foram de novo assunto por parte de Francisco Soares. Neste capítulo, o vice-presidente Hélder Henriques lembrou as reuniões já efetuadas com moradores e o recente edital para que as pessoas se possam instituir como interessadas para a discussão em redor deste assunto. “Valerá ou não a pena termos ruas sem trânsito?” foi a interrogação que deixou.

Um cidadão italiano que pretende instalar um projeto cultural nos arredores da cidade voltou à reunião pública do executivo para apresentar uma série de requerimentos. Davido Fiaschi diz, entre outras coisas, pretender que a autarquia responda a uma solicitação efetuada há uns anos. Leopoldo Rodrigues esclareceu que “nunca lhe demos uma resposta formal pela forma como as coisas nos foram apresentadas”, mas mostrou disponibilidade para reunir com o proponente.

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