Manuel Cardoso foi o primeiro utilizador da TAC, em 1991. Foto ULSCB
O aparelho de Tomografia Axial Computorizada, mais conhecido como TAC, entrou em funcionamento no Hospital Amato Lusitano faz agora 30 anos. A Unidade Local de Saúde de Castelo Branco assinalou a data revelando que desde a sua inauguração, a 4 de outubro de 1991, já foram feitos quase um milhão e meio de exames recorrendo a este meio de diagnóstico, anunciou em comunicado.
Para celebrar a efeméride a administração da ULSCB convidou o primeiro paciente a utilizar a máquina em Castelo Branco. Manuel Cardoso tinha então 36 anos e debatia-se na época com um quisto hidático, tendo o exame facilitado um tratamento mais eficaz. Durante vários anos este foi o único aparelho de TAC a servir uma área interior entre os concelhos de Belmonte e de Elvas, que ficam entre si a cerca de 250 quilómetros.
“Ainda que em 1991 o uso desta tecnologia fosse ainda bastante limitada, logo no primeiro mês de funcionamento, foram feitos 30 exames de TAC no Hospital Amato Lusitano. Uma tendência que se viria a ajustar com um aumento considerável da utilização deste sistema de imagiologia que regista uma média aproximada de 40 mil exames por ano nesta unidade hospitalar”, diz a ULSCB em comunicado.
O presidente do conselho de administração, José Nunes, reforçou a “aposta que se pretende cada vez maior nas novas tecnologias como forma de melhor servir os utentes”.
A tecnologia começou a ser utilizada no início da década de 1970 com a captação de uma única imagem de corte da zona a avaliar, o que lhe conferia o nome pelo qual continua a ser conhecida, apesar de hoje ser apenas tomografia computorizada, permitindo até imagens tridimensionais.
Estávamos a 4 de outubro de 1991. Na manchete do Reconquista lia-se a toda a largura de página “Remodelação de Serviços em acção”. A notícia destacava as melhorias que a administração do Hospital Amato Lusitano, presidida por Ana manso, anunciava, com destaque para a manutenção dos já então preciosos recursos humanos. Com menos destaque, nas páginas interiores, o jornal informava que o equipamento de TAC entrava em plena atividade com 20 exames, dos quais sete à coluna, seis ao crânio, quatro ao abdómen e três ao tórax.