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Castelo Branco: Voto útil travou ambição do MPT

José Furtado - 29/09/2021 - 17:26

Partido da Terra vai passar a fazer parte da Assembleia Municipal de Castelo Branco e também das assembleias de freguesia a que concorreu, com seis eleitos na globalidade.

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O Movimento Partido da Terra vai passar a fazer parte da Assembleia Municipal de Castelo Branco e também das assembleias de freguesia a que concorreu, com seis eleitos na globalidade. Só não conseguiu alcançar a vereação, o que na opinião do cabeça de lista se deveu, entre outros fatores, ao voto útil.

“Nós tínhamos consciência de não chegar à vereação até por se tratar de uma campanha bastante agressiva entre os dois principais opositores e a margem de manobra era muito curta para os restantes partidos”, disse ao Reconquista o candidato Rui Amaro Alves, que começou por destacar um fator positivo: a descida da abstenção. O rosto do MPT lamenta o desaparecimento da CDU e do BE da assembleia municipal e vê como positiva a perda da maioria absoluta do PS, que na sua opinião vai obrigar a um maior rigor e abertura à oposição na tomada das decisões.

“Temos que aguardar mas acho que será tudo positivo. e se calhar até vai ser, porque as propostas que não agradem a todos terão de ser negociadas”. Espera também um maior escrutínio sobre os projetos mas antevê que os primeiros anos da gestão de Leopoldo Rodrigues ficarão condicionados pela estratégia deixada por Luís Correia. Do novo presidente “espero que faça uma boa reflexão sobre aquilo que é o futuro e que se possa apresentar da próxima vez com projetos com maior qualidade e abandonar o que temos tido até aqui, que são projetos com falta de qualidade e utilidade, que não interessam”.

Olhando para dentro, Rui Amaro Alves diz que a candidatura do MPT foi diferente “na forma como nos apresentamos ao eleitorado, pelas nossas ideias e pelo nosso programa”. Os seis por cento de votos que alcançou foram ainda assim positivos “para um grupo de cidadãos que nasceu há três meses, levou uma bolada do Tribunal Constitucional que chumbou a coligação e em três dias teve de se pôr de pé e encontrar um partido que desse apoio. Não é um projeto para acabar aqui. Dependerá muito da forma como as pessoas abraçarem este desafio”.

Para trás fica uma campanha que diz ter sido extenuante, feita com poucos meios e onde nem o candidato à câmara se furtou a colocar cartazes. E na segunda-feira, às 8H30, Rui Amaro Alves voltou à escola para dar aulas, como prometeu na hora de votar.

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