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Castra Leuca: Tapeçaria transforma luto em arte

Reconquista - 24/04/2024 - 8:00

A artista brasileira Sandra Birman transformou algumas memórias e o luto que teve de fazer pela mãe em obras de arte. É esse trabalho, que intitulou de “Escape” que vai expor na Galeria Castra Leuca.

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Sandra Birman inspirou-se na tapeçarias da mãe

A artista brasileira Sandra Birman transformou algumas memórias e o luto que teve de fazer pela mãe em obras de arte. É esse trabalho, que intitulou de “Escape” que vai expor em Castelo Branco, na Galeria Castra Leuca, a partir do dia 3 de maio, sendo esta a sua primeira mostra a solo. Paralelamente à exposição, Sandra Birman fará uma visita guiada aberta ao público, a 16 de maio. E no dia 25 dará um workshop sobre colagens.

A mostra ficará patente neste novo espaço na zona histórica da cidade até dia 16 de junho. Sandra Birman mudou-se para Lisboa em 2020, trazendo consigo tecidos antigos e tapeçarias Gobelin, que estavam no apartamento da família, no Rio de Janeiro. Materiais que recortou e sobre os quais pintou e fez colagens, recriando as paisagens europeias que fizeram parte de toda a sua história até ali.

O título “Escape”, segundo a informação divulgada, “é uma reflexão sobre a jornada emocional e criativa da artista”. O nome “sugere uma fuga não apenas dos cenários representados nas tapeçarias e tecidos, mas também das influências culturais e memórias que os cercam”. Segundo Sandra Birman, a palavra “escape”, que vem de “landscape” (paisagem em inglês), agrega também a ideia de transcender, transformar e criar um novo mundo visual e emocional. “Além do escape das memórias e influências culturais, há o escape para a imaginação, com as obras resultantes da reinvenção das imagens idílicas das paisagens europeias transformando-se em ‘mapas imaginários’, que sugerem uma fuga para um mundo de novas memórias e desafios”. Acrescentando “o escape da limitação, em que a reconstrução de um ambiente a partir da fragmentação das paisagens naturais foge das limitações da representação tradicional e abre caminho para uma interpretação livre de dogmas visuais. E o escape como transformação, em que o processo artístico de recortar, pintar e reinventar as imagens, permite-me uma fuga dos padrões óbvios das paisagens, com a sua transformação em algo inusitado e único”.

Designer gráfica por formação e com uma carreira bem-sucedida na criação de logomarcas para empresas e já a meio do seu percurso como artista plástica, Sandra Birman quis experimentar o olhar do outro lado do espelho ao ingressar, em 2022, na pós-graduação em Curadoria de Arte, na Universidade Nova de Lisboa. Foi nas aulas do curso que conheceu César Correia, um engenheiro de formação que, depois da pandemia decidiu abandonar a carreira em gestão e marketing para dar vazão à paixão pelas artes, tornando-se no dono da primeira galeria privada de Arte Contemporânea do interior de Portugal.

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