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Comunidade ucraniana faz vigília pela paz em Castelo Branco

09/03/2022 - 16:03

As iniciativas de solidariedade com a Ucrânia continuam a multiplicar-se de dia para dia em Castelo Branco e também no resto da região. O final da última semana ficou marcado pela primeira vigília da comunidade ucraniana em Castelo Branco, que apelou à paz e deu mostras de solidariedade com os compatriotas a milhares de quilómetros, muitos deles seus familiares.

Yuliya Kuzmina chegou a Portugal há 20 anos e fez de Castelo Branco a sua cidade há 10. Tem duas filhas, com 19 e 11 anos, que como ela acompanham com preocupação o que se passa lá longe.

“Mesmo estando longe do nosso país estamos com o coração lá. É uma maneira de mostrar que estamos solidários e unidos”, disse em relação à vigília, que resultou do passa-palavra. A guerra tem 15 dias mas “parece que já passou um mês” e neste momento “já não há lágrimas para chorar”. Mas continuam a existir muitas razões para Yuliya se emocionar, não só com a angústia da família que está longe mas também pela reação dos albicastrenses e outros amigos que fez em Portugal.

“Essa foi a parte que me emocionou imenso. Pensamos que sendo estrangeiros as pessoas não gostam de nós e nesse dia percebi que se preocupam connosco, mesmo amigos que já não via há 10 anos”.

A vigília que foi convocada com a ajuda do padre Ivan, que acompanha esta comunidade ao nível espiritual, contou também com a presença do padre Nuno Folgado, que recordou a disponibilidade da Diocese de Portalegre-Castelo Branco em ceder imóveis para acolher refugiados, entre os quais o seminário de Alcains. Há também conversações com a Câmara Municipal de Castelo Branco para transportar refugiados até ao concelho.

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