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Covilhã: Agente foi condenado por violência doméstica

Lídia Barata - 24/02/2022 - 8:00

O arguido está indiciado de dois crimes de incêndios, explosões e outras condutas especialmente perigosas.

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Indivíduo já estava desarmado e a aguardar pena expulsiva

A Polícia Judiciária (PJ), através do Departamento de Investigação Criminal da Guarda, deteve terça-feira, dia 15 de fevereiro, um agente policial do Comando Distrital da PSP de Castelo Branco, por suspeita da prática de crime de incêndio em meios de transporte, estando indiciado pela prática de dois crimes de incêndio, explosões e outras condutas especialmente perigosas. Presente no dia seguinte a primeiro interrogatório judicial pelo Ministério Público (MP), o arguido ficou sujeito à medida de coação mais gravosa, a da prisão preventiva.

Os factos ocorreram no centro da cidade da Covilhã, em duas ocasiões distintas. Segundo o MP, “encontra-se indiciado que o arguido, depois de ter sido condenado no âmbito de um processo de violência doméstica, no dia 28 de janeiro de 2022, ateou fogo ao veículo de uma entidade que presta apoio a vítimas de violência doméstica” e “encontra-se igualmente indiciado de, no dia 15 de fevereiro, ter ateado fogo a uma viatura propriedade de uma pessoa que interveio como testemunha no julgamento que terminou com a sua condenação”.

Os incêndios ocorreram no centro da cidade e, não fora a intervenção dos bombeiros, facilmente se propagariam a residências e veículos, não deixando de colocar em risco valores patrimoniais muito superiores a 5100 euros.

Em comunicado, a PSP esclarece que “a detenção ocorreu fora do flagrante delito, na sequência de uma investigação levada a cabo pela PJ, órgão de polícia criminal a que compete tutelar os crimes desta natureza”, realçando que “esta detenção resulta da estreita colaboração, desde há algum tempo a esta parte, entre a PSP e a PJ”.

A PSP adianta ainda que “à data dos factos agora indiciados, o suspeito já se encontrava desarmado e a prestar serviços de natureza administrativa e de apoio, por força de um processo disciplinar anteriormente desencadeado pelo Comando da PSP e que se encontra em tramitação para aplicação de pena expulsiva”.

Na sequência destes novos factos, foi instaurado consequente procedimento disciplinar por parte do comandante distrital da PSP de Castelo Branco.

A investigação prossegue sob direção do MP de Castelo Branco, coadjuvado pela PJ da Guarda.

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