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Efemérides: Malta da Silva subiu… à segunda!

Artur Jorge - 05/04/2020 - 11:34

Sob o comando de um antigo internacional português, BC Branco regressou à 2.ª divisão vinte anos depois do título nacional de 1959/60 em Leiria.

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A equipa que subiu o BC Branco em 1979/80 à 2.ª divisão: (Em cima esq. p/dir.) Semedo, Cardoso, Graça, Malta da Silva, Jordão, Tonito, Ramalho, Carlos Alves, Custódio, Tonica, Pirolito; (em baixo, mesma ordem): Teixeira, Rosado, Carlitos, Quim Manuel, Camolas, Peres, Sequeirinha, Bravo, Cruz, Machado.

Amândio Malta da Silva, um dos campeões nacionais pelo SL Benfica invicto em 1972/73, conduziu tecnicamente o BC Branco em praticamente três temporadas. Assiste-lhe o legado de ter devolvido o emblema albicastrense à 2.ª divisão nacional, precisamente vinte anos depois do título nacional da 3.ª divisão em Leiria, na época de 1959/60.

Um dos eleitos do legendário Jimmy Hagan no “Glorioso”, falhou em 1978/79 a subida do BC Branco. Era treinador e jogador, já na fase final da sua carreira. Foi titular num célebre encontro em junho de 1979 na Nazaré. O Castelo Branco, na derradeira ronda do campeonato da 3.ª divisão, até podia perder por 1-0. Ambiente hostil, arbitragem duvidosa (José Moedas, Évora) e o sonho da despromoção a desvanecer-se num penálti a cinco minutos do final, quando o Nazarenos fez o 2-0.

Nessa partida negra para os albicastrenses, o BC Branco utilizou: Mendes; Peres, Malta da Silva, Quim Manuel, Ramalho, Ernesto, Rosado, Veríssimo, Cruz, Camolas e Baltazar.

 

Rude golpe. Mas os dirigentes mantiveram a confiança em Malta da Silva, cinco vezes campeão português e internacional A. E em 1980/81, ainda como treinador e jogador (as duplas funções eram prática regular à época), mas já não tão assíduo no onze (Semedo era a alternativa, ao lado do indiscutível Quim Manuel, que no final da época pulou para o primodivisionário Marítimo), levou mesmo o BC Branco à 2.ª divisão nacional.

O guardião Cardoso, o defesa Semedo, os valorosos médios Bravo, Graça e Rosado, e o avançado Jordão vieram trazer à equipa o acrescento de qualidade que necessitava. Subiu a uma jornada do fim, após um empate (3-3) com o Rio Maior, no peladão do Vale do Romeiro. Promovido também o SL Cartaxo, vencedor da Série D. Desportivo e CD Alcains desceram nessa época aos distritais.

Essa temporada ficou ainda marcada pelo cruzamento com o Boavista de Vitor Batista nos “oitavos” da Taça de Portugal. Triunfo axadrezado (2-0) em Castelo Branco, com um bis do internacional Júlio. Moinhos, Taí, Almeida, Matos, Barbosa e Aylton representavam os axadrezados.

O onze base do BC Branco era: Cardoso; Peres, Malta da Silva (Semedo), Quim Manuel, Ramalho (Sequeira), Bravo, Graça, Rosado, Camolas, Jordão, Cruz. Carlos (Carlitos da Quinta) e Pirolito eram outras alternativas ao onze, num plantel que tinha ainda Tonica, Machado (o presidente dos últimos oito anos, antes de Jorge Neves), Tonito, Custódio, Alves, Zé Manuel…

É história. Eternizada nas páginas do Reconquista.

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