A campainha toca como em qualquer outra escola e as salas de aula não são muito diferentes. Há um quadro escrito a giz, mesas organizadas em redor do lugar do professor e as paredes estão decoradas com trabalhos e frases feitas pelos alunos. O detalhe visual que mostra que esta é uma escola diferente está na sombra projetada no cortinado na janela e que revela as grades. No Estabelecimento Prisional de Castelo Branco funciona a escola menos conhecida da cidade mas que tem dado que falar fora dela. Foi com o trabalho desenvolvido com os reclusos que um dos seus professores, Paulo Serra, chegou a finalista e recebeu uma menção honrosa no Global Teacher Prize, o Prémio de Professor do Ano, cujo diploma está afixando na sala e com uma dedicatória a todos os alunos. E também é daqui um dos cinco melhores projetos reconhecidos pelos prémio europeu Prison Achievement.