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Cooperadoras da Família: Escutar Deus na história dos lares

- 07/06/2023 - 9:27

Há 90 anos no dia de Pentecostes Mons. Alves Brás fundou oficialmente o Instituto das Cooperadoras da Família na diocese da Guarda, onde tinha nascido em Casegas.

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foto agencia ecclesia

Há 90 anos no dia de Pentecostes Mons. Alves Brás fundou oficialmente o Instituto das Cooperadoras da Família na diocese da Guarda, onde tinha nascido em Casegas.
O objetivo do Instituto era estar “ao serviço das famílias”. Apostar na sua formação e “escutar os seus dilemas. Atualmente está presente em 16 dioceses de Portugal e mais cinco países. O programa “Ecclesia” entrevistou Alice Cardoso, e Angélica Galvão ambas consagradas ao serviço deste Instituto no dia do seu 90.º aniversário, 4 de junho e dessa entrevista tiramos alguns extratos que passamos a transcrever.
“Escutar Deus nas histórias das famílias” é, para Alice Cardoso, o propósito dos vários projetos criados por monsenhor Alves Brás e que formam a Família Blasiana.
Formada em Serviço Social e anterior coordenadora geral do instituto, sublinha que “o cuidado da santificação da família está no horizonte de todas as ações de todas as cooperadoras espalhadas pelo mundo, bem como no horizonte das instituições de que o padre Brás deixou em herança”.
“O cuidado da santificação da família era o motor dinamizador que galvanizou a vida daquele homem, daquele sacerdote diocesano e que ele nos comunicou a todas as cooperadoras que fizeram esta história, até aos dias de hoje, e que nos hoje tentamos dar continuidade”, afirmou
Nos anos 30 do século passado, a exploração laboral a que se sujeitavam jovens empregadas domésticas, “um grupo que estava desprovido de qualquer proteção”, motivou o padre Alves Brás “cuidar” das suas famílias.
“O padre Brás, ao deixar-se tocar por esta realidade tão gritante naquela altura, conseguiu perceber que na origem de toda esta o problemática, era a família que era importante cuidar: a família onde trabalhavam e a família que tinham constituído”, sublinhou
As cooperadoras da família formam um Instituto de Vida Consagrada Secular e algumas vivem em grupo e outras vivem individualmente, inseridas no ambiente profissional e pastoral.
“O nosso trabalho é espaço da realização da missão”, referiu Alice Cardoso, que está no ICF há 38 anos.
Angélica Galvão é a mais jovem cooperadora da família e, após ter finalizado o mestrado em Contabilidade, Fiscalidade e Finanças Empresarias, optou pelo Instituto das Cooperadoras da Família coma convicção de que  “era possível mudar o mundo através da entrega da vida ao cuidado da santificação da família que é a célula base da sociedade”
“O nosso carisma nunca está esgotado e nunca nos podemos queixar-nos de falta de trabalho”, afirmou Angélica Galvão, afirmando que a realidade familiar “é transversal” aos problemas das sociedades de hoje e que decorrem das migrações, refugiados e situações de conflito
Para a cooperadora da família, cuidar da educação para os “valores humanos e cristãos vai permitir que a sociedade no seu global tenha uma experiência muito mais ao jeito daquilo que é o projeto de Deus para a humanidade”.
“Mais do que naquela época, é urgente olharmos para a forma como a sociedade está a olhar para a família. Se há 90 anos tínhamos uma sociedade construída à volta da realidade familiar, hoje a sociedade está mais preocupada com a questão do trabalho, os meios empresariais”, referiu.
Angélica Galvão sublinhou a importância de “escutar as famílias” que vivem a precariedade do trabalho, a necessidade de acompanhar as pessoas idosas, o divórcio ou a monoparentalidade.
Para além de fundar o Instituto das Cooperadoras da Família, monsenhor Alves Brás fundou também a Obra de Santa Zita, hoje uma Instituição Particular de Solidariedade Social que apoia a infância e os idosos.
As cooperadoras da família dinamização dos Centros de Cooperação Familiar, dão apoio ao Movimento por um Lar Cristão, gerem a Fundação Monsenhor Alves Brás, entidade responsável pela Escola Profissional ASAS, e dinamizam o carisma do fundador junto dos jovens através do movimento juvenil ‘Focos de esperança’.

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