O incómodo provocado pelo aro do soutien foi um sinal de que algo não estava bem. Inês Carrelhas fez o que deve ser feito e através da apalpação “senti o que parecia um abafador, uma bola grande e dura”. Foi o início de um diagnóstico de cancro da mama. Estava na altura a estudar tapeçaria e estética na Faculdade de Belas Artes de Lisboa, que começou a ter de conciliar com os tratamentos no Instituto Português de Oncologia. Os aros que lhe salvaram a vida acabaram por dar início a um projeto artístico que chega agora ao Museu de Francisco Tavares Proença Júnior, com a exposição “Mamaminha”.