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Feijão Frade: Lardosa arregaçou as mangas e quer mais em próximas edições

José Júlio Cruz - 19/10/2022 - 16:58

Há novas aspirações e outras a serem retomadas. Freguesia está orgulhosa do seu certame e município disposto a apoiar.

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Recriação da vida agrícola marcou momento inaugural

A Feira do Feijão Frade voltou a dar um colorido especial à freguesia de Lardosa. Durante três dias foram milhares de pessoas que visitaram o certame, quer visitando o mercado de produtos tradicionais, quer participando nos passeios de pasteleiras e pedestre, quer ainda atraídas pelo cartaz musical e de animação que este ano foi reforçado.

Depois de duas edições de interregno fruto da pandemia de covid, os organizadores esmeraram-se por fazer jus à fama que o certame foi criando em anos anteriores e proporcionaram aos visitantes diversos momentos de muita qualidade.

Tanto assim é que o presidente da freguesia desafiou até o município a “repensar o evento”. “Teremos de inovar no próximo ano para permitir que mais pessoas possam participar no mesmo, quer como comerciantes quer como visitantes”, referiu José António Dâmaso. O autarca local frisou que já este ano a organização teve de recusar pessoas que queriam ter os seus expositores na feira porque o espaço não o permite.

No ato inaugural, acabou por até recuperar um sonho de alguns anos e voltou a trazer para a atualidade a possibilidade de ser criada uma região demarcada do feijão frade. A ideia já tem alguns anos e José António Dâmaso entende que agora poderá ser o momento certo.

Aliás, o presidente da freguesia aproveitou também para lembrar duas pessoas que com ele viveram alguns momentos especiais da feira em mandatos anteriores, onde todos estes sonhos relacionados com o alargamento do espaço do certame e a criação da região demarcada se fortaleceram, nomeadamente Carlos Barata e Manuel Fernandes, este último da localidade de Vale da Torre.

Outro dos nomes incontornáveis desta iniciativa é o de Pinto Infante, organizador dos passeios de pasteleiras e pedestre. Quer José António Dâmaso quer Leopoldo Rodrigues o referenciaram nas suas intervenções.

Para o presidente da Câmara de Castelo Branco a “importância desta feira, local de promoção de dinamização deste produto”, é algo que não se pode escamotear. Leopoldo Rodrigues mostrou-se satisfeito por verificar “a enorme ambição que existe nesta freguesia na tentativa de valorizar não apenas este como outros produtos e de fazer crescer o evento”.

História, tradição e sentido de ser foram aspetos que realçou no momento inaugural, reconhecendo que “temos a responsabilidade de acompanhar e promover esta realidade. Estamos disponíveis para continuar a fazer esse caminho, aumentando a auto estima de quem aqui vive e trabalha”.

Sobre a ideia já com alguns anos de criar a região demarcada centrada em Lardosa e abrangendo logicamente outras freguesias, o autarca referiu que ela “pode vir a ser criada, o desafio está lançado pela freguesia e vai ser avaliada a sua concretização com o Centro de Apoio Tecnológico Agro-Alimentar”.

Ainda relativamente ao certame, Leopoldo Rodrigues entende que “é de enaltecer todo o trabalho que aqui foi feito e a capacidade de mobilização que foi evidenciada por esta organização, este é um certame que entusiasma e para o município esta é também uma responsabilidade, um desafio e um regozijo”.

O autarca concluiu reconhecendo também que “está na hora de pensar em dar uma maior escala à feira para que todos os que nela queiram participar como expositores o possam fazer”.

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