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Leitores: As promessas são para cumprir

Abílio de Jesus Chaves - 20/10/2022 - 9:51

O Partido Socialista, no fervor da campanha eleitoral, pôs em cima da mesa para a região de Castelo Branco, uma série de promessas, as quais, aguardamos com serena paciência e suave encanto a sua concretização.

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O Partido Socialista, no fervor da campanha eleitoral, pôs em cima da mesa para a região                                                                                                                                        de Castelo Branco, uma série de promessas, as quais, aguardamos com serena paciência e suave encanto a sua concretização. Na verdade, são promessas fecundas e muito promissoras, assim elas se venham a concretizar. Como as promessas já foram publicadas neste semanário, vou referir apenas as que julgo mais importantes. A primeira: é a criação de um Centro de Medicina Internacional de Reabilitação. O seu suporte é fundamentado na existência da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Castelo Branco e na Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior sediada na Covilhã. Este desiderato, assentava que nem uma luva na estrutura hospitalar existente na região. A desertificação parava por uns momentos com tal implementação, visto seguir-se-ía a necessidade de colocação de mais médicos, enfermeiros e pessoal auxiliar. As promessas referidas, também privilegiam o reforço do serviço de saúde regional, que bem precisa, só quem se desloca diversas vezes ao Hospital Central da Universidade de Coimbra sabe bem como é esse tormento e como elas lhe mordem e as atribulações que se têm de enfrentar. Há tempos numa consulta externa no referido hospital, tive oportunidade de verificar três fatores negativos, pelos quais, o serviço não pode funcionar bem:  o primeiro, era a fila de pessoas com 40 metros de comprimento e dois de largura para consulta externa, na rua, á chuva e ao frio. Onde andavam quatro pessoas a orientar essa suposta fila. O segundo: o Serviço Nacional de Saúde, fazer uma despesa descomunal com o movimento constante de tantas ambulâncias vindas com doentes de toda a região Centro. A terceira: os médicos davam sinais de grande cansaço e neurastenia, isto verificado pelo modo como se esqueciam de serviços fundamentais na consulta. A população da Beira Interior é, na sua maioria idosa, logo, o recurso aos serviços de saúde são manifestamente frequentes, e é, sem dúvida, das mais penalizadas nestes cuidados a nível Nacional, dadas as condições das suas estradas, a sua distância, dinheiro gasto e tempo perdido. É imperativo regional a criação de um hospital na Beira Interior com todas as valências ao mais alto nível, por o de Coimbra não ter capacidade para satisfazer um território  tão vasto como é a Região Centro. A equipa liderada pela Senhora Ministra da Coesão Territorial - Ana Abrunhosa - Joaquim Morão, mandatário do Partido Socialista para o Distrito de Castelo Branco e pelo Presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco - Leopoldo Rodrigues, certamente que tudo farão para que o governo não falhe nas suas promessas, a credibilidade ainda é um ato essencial a não desprezar, embora não seja já o que era. No entanto, é necessária muita perseverança dada a pedinchice que presentemente se verifica a nível Nacional nos mais variados sectores da nossa atividade, parece que o odor da bazuca da União Europeia lhe fez pulsar o desejo de aumentos salariais e aflorar a necessidade de poderem vir a atascar-se no leite e no mel. Depois temos os partidos que foram feridos nas transatas eleições legislativas. Sedentos de revindicta (vingança). O seu rosário de mágoas também é vasto, não se cansam de recorrer á cumplicidade popular como tábua de salvação. Clamar aumentos para tudo e para todos. Ainda não se aperceberam que o governo tendo legitimidade democrática sufragada pelo voto dos portugueses manda pouco. O poder está nas Ordens Profissionais, nos Sindicatos, nas Fundações, nos Grupos Económicos, nas Associações Empresariais, etc.., é uma cassete já muito gasta, por isso, não deixam de ser dos mais mal pagos a nível europeu, estes imbróglios têm contornos muito profundos. A sua ação nada mais faz que prolongar a longa noite dos portugueses. Bem sabemos haver alguma agitação derivada dos portugueses estarem a perder poder de compra em relação á grande maioria dos países que entraram para a União Europeia depois de nós, o que  torna a propaganda económica grotesca, por falta de seriedade ou de informação. Daí não conseguirem disfarçar que o problema da pobreza dos portugueses é secular e deriva efetivamente de interesses instalados há muito. O Marquês de Pombal, para fazer face á reconstrução de Lisboa depois do terramoto, ao chamar a si a administração pública, sentiu imensas dificuldades por muitos não quererem perder privilégios, ao ponto de ter que cortar cabeças para os silenciar.           
                       
Abílio de Jesus Chaves

 

COMENTÁRIOS

Luisa Campos
à muito tempo atrás
Interesses instalados é lisura... é uma grande teia de concluio, de falta de respeito, de olhar para o umbigo.... ainda me andam estes DDT armados em meninos de coro.... santa vergonha! Nossa Senhora do Almortão lhes valha!!! Mas não lhes retire pecados, devem pagá-los 1 por um, sem dó nem piedade!!!