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Feminino: Há perfume no futsal de Joana

Artur Jorge - 16/01/2020 - 21:00

Tem 21 anos e muito futsal nos pés. A capitã da equipa do Sertanense na Liga Aduane EM3 gostava de vivenciar uma experiência competitiva superior.

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Joana Galvão diverte-se a jogar futsal e acredita que ainda irá vivenciar níveis competitivos mais elevados

Joana Galvão, de 21 anos, é um dos destaques do futsal feminino do distrito de Castelo Branco. A capitã do Sertanense FC, num universo competitivo liderado pelo Valverde, deixa um perfume de qualidade nas quadras por onde passa, como aconteceu no último fim-de-semana na cidade albicastrense, perante o Núcleo do Sporting local. Não é difícil perceber que tem algo mais a número 10 sertaginense, a merecer ser testada em outros palcos.

Adora o futsal. Conta ao Reconquista: “Comecei no futebol porque não havia futsal. Logo que tive ocasião fui para a modalidade de pavilhão”. Joana Galvão iniciou-se nas escolinhas do Sertanense com 6 anos. Jogou com os rapazes até ao escalão de iniciados, já no futebol de 11. Como juvenil, chegou então ao futsal, no Vitória de Sernache. Esteve dois anos no Núcleo de Juventude de Proença-a-Nova e, quando o Sertanense abraçou, na época passada, o projeto do futsal feminino, Joana regressou.

 

Joana Galvão (em cima, ao lado da guardiã) com a sua equipa do Sertanense 

 

“A época passada não foi fácil. Foi como começar do zero. Felizmente temos um treinador que não desistiu de nós. A Regina Mendes também trouxe estabilidade à equipa e, esta época, podemos discutir os resultados, excetuando os jogos com o Valverde, que está num patamar superior”. Tem feito muitos golos. Só na partida a que assistimos foram três.

Não esconde que gostaria de vivenciar uma experiência competitiva superior. Já teve convites.

“Houve propostas do Sporting e da Académica. Só que os meus pais não gostaram muito da ideia de eu sair. Tenho ficado por cá. Pode ser que um dia a oportunidade se concretize. Confesso que gostaria de ter essa experiência e jogar noutro patamar. Dizem que tenho capacidades…”.

Ricardo Antunes, o treinador de Joana, confirma: “É uma jogadora acima da média no contexto distrital. Tenho pena que não seja mais vista. Tem tudo para dar o salto”. José Ribeiro, no Núcleo do Núcleo do Sporting em Castelo Branco, alinha pelo mesmo diapasão: “Consegue fazer a diferença”.

Enquanto não dá o salto, a universal do Sertanense faz votos para que mais clubes cheguem ao futsal feminino. E, a talho de foice, expressa outro desejo: “Que as arbitragens melhorem. Deve ser feito um esforço para que as coisas corram melhor também a esse nível”.

REGINA. Entretanto, Regina Mendes, de 19 anos, vai mudar-se do Sertanense para a Académica, juntando na cidade dos estudantes o percurso académico com o desportivo. Uma baixa significativa para o grupo da Sertã, de uma jovem com vários anos de futsal, formada na Casa do Benfica em Oleiros.

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