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Festival: Salva a Terra vai deixar obra na aldeia

José Furtado - 11/11/2016 - 11:33

 VÍDEO  A programação começa a ser divulgada em breve e a organização quer melhorar a ETAR da aldeia.

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As primeiras novidades do festival já foram apresentadas na aldeia. Foto José Furtado/ Reconquista

O verão ainda vem longe mas a festa em Salvaterra do Extremo já tem data marcada. De 22 a 25 de junho do próximo ano a aldeia do concelho de Idanha-a-Nova recebe mais uma edição do Festival Salva a Terra, uma organização da Quercus que serve para financiar o Centro de Estudos e Recuperação de Animais Selvagens, que funciona em Castelo Branco desde 1999. A apresentação do programa ficou marcada pela devolução à natureza de um grifo.

Para já pouco ou nada se sabe da programação mas há duas certezas. Uma é que na aldeia ficará uma obra de um artista plástico português de renome internacional e a outra é uma mudança no funcionamento da estação de tratamento de águas residuais (ETAR) da aldeia.

Samuel Infante, da Quercus de Castelo Branco, diz que a intenção é aplicar na estação o princípio da fito-ETAR, que utiliza plantas para o tratamento das águas residuais. Muitas destas estruturas que foram construídas ao longo dos anos, sobretudo as primeiras, “tinham grandes custos energéticos e com estruturas muito pesadas em betão e com maquinarias”. No distrito há já estações de tratamento a utilizar este sistema e no caso de Salvaterra do Extremo “estamos ainda a avaliar os caudais e o dimensionamento das lagoas”.

Com estes dois projetos, a organização do Salva a Terra cumpre o desejo “de deixarmos também alguma obra física”, justifica Samuel Infante.

A escolha desta data para a apresentação do festival – mesmo sem programa para revelar- justifica-se pelo facto de todos os artistas convidados não cobrarem cachet, o que obriga a organização a planear a agenda com bastante antecedência. Quanto maior for esta distância “menos percalços temos de última hora”. Os bilhetes para o Salva a Terra estarão à venda antes do final deste ano.

O Salva a Terra tem como grande marca a participação da população, que abre as portas de casa e dos quintais para receber os concertos, conferências e formações que habitualmente fazem parte da programação. Paulo Lopes, da União de Freguesias de Monfortinho e Salvaterra do Extremo, salienta “a grande abertura da população”, que também tornou o festival numa organização de referência e que levou à conquista do prémio de melhor festival sustentável nos Portugal Festival Awards. Os dias em que decorre o festival “mudam a vida de muita gente e este festival é a nossa marca”.

O evento que acontece a cada dois anos, intercalado com o Boom, é para a Câmara Municipal de Idanha-a-Nova uma oportunidade para promover o concelho e chamar gente. Armindo Jacinto diz que a melhor forma de preservar uma aldeia que faz parte do Geopark Naturtejo e do Parque Natural do Tejo Internacional “é fazer com que seja motivo de criação de riqueza e emprego para os nossos territórios”.

 A parceria com a Quercus faz parte da estratégia de desenvolvimento de projetos da área da sustentabilidade e da economia verde. Quanto ao envolvimento da aldeia “nós gostamos de receber bem e Salvaterra ao organizar este festival transmite essa imagem muito positiva”.

 

 

 

 

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