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Festival: Singular traz a festa de volta aos palcos

José Furtado - 22/10/2021 - 19:56

SOM  Música abre a organização da Terceira Pessoa que se vai estender até dezembro com uma oferta variada.

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Sampladélicos abrem festival em Alcains. Foto DR

Alcains, Centro Cultural, 23 de outubro, 21H30. Está marcado o local, dia e hora do reencontro do Singular com o público, depois das restrições que impuseram salas a menos de meio gás.

O festival organizado pela Terceira Pessoa promete começar em ambiente de grande festa com o concerto dos Sampladélicos, um projeto que junta Sílvio Rosado e Tiago Pereira, este último o dinamizador de “A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria”. Com eles a música de dança é feita não de máquinas mas de sons de instrumentos tradicionais gravados nos sítios mais recônditos de Portugal, incluindo a Beira Baixa.

“Achamos que era a melhor maneira de começar, com um momento de festa que celebra a música portuguesa”, diz Nuno Leão, da direção artística da Terceira Pessoa.

 

 

No ano passado o Singular decorreu em salas a um quarto da capacidade devido ao coronavírus “e tivemos vários espetáculos esgotados e com lista de espera, porque não deu para responder a toda a gente”.

Este ano exige-se apenas o uso de máscara e o festival acontece pela primeira vez fora da cidade de Castelo Branco, estreando-se em Alcains. Mas grande parte da programação, que se estende ao mês de dezembro, terá lugar na Fábrica da Criatividade, onde a 30 de outubro recebe a ASTA- Teatro e Outras Artes, da Covilhã, com “Matéria”, uma proposta no teatro.

A Terceira Pessoa nunca deixou de trabalhar durante a pandemia, adaptando a sua programação ao palco de internet, incluindo aquela que envolvia as escolas. Mas esse trabalho “perde sentido quando não é partilhado”, diz Nuno Leão, lembrando que com a Terceira Pessoa o público não recebe apenas o produto final mas participa ativamente na construção dos espetáculos.

Muita desta ligação manteve-se com o uso do tecnologia mas “nada substitui estarmos uns com os outros naquele espaço e naquela hora em que saímos de casa de propósito para viver um acontecimento juntos”. Nuno Leão sente que as pessoas “estão sedentas de voltar a estas atividades, em que se juntam a outras pessoas e conhecem coisas novas”.

O alívio das medidas da pandeia tornou mais fácil a gestão dos espaços mas não o agendamento dos artistas, que voltam a ter o calendário bastante preenchido. “Houve muita coisa que na vida dos artistas foi cancelada e adiada e de repente 2021 é o ano de apanhar o comboio”.

A cultura “foi uma das sobreviventes da pandemia e espero que continue com força”.

Até dezembro estão também a decorrer vários laboratórios de criação artística. Alcains recebe um deles, dedicado ao teatro, que acontece no dia do arranque do Singular. O programa completo encontra-se em singularfestival.pt e o festival volta a contar com o Reconquista como parceiro de comunicação.

 

 

 

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