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Figo da Índia: Meio milhão para associação quase sem atividade

Lídia Barata - 12/08/2021 - 8:00

A Associação do Figo-da-Índia terá recebido meio milhão de euros, da Câmara de Castelo Branco, apesar de não ter atividade que justifique tais montantes. 

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Atividade terminou mas autarquia continuará a pagar renda do espaço

A Associação do Figo-da-Índia da Beira Baixa (AFIBB), constituída em janeiro de 2015, através da empresa municipal Terras da Beira Baixa, e que instalou um Centro de Tratamento do Figo da Índia na Freguesia de Benquerenças, no concelho de Castelo Branco, terá recebido até agora cerca de meio milhão de euros, da Câmara Municipal de Castelo Branco, apesar de não ter atividade conhecida, ou que justifique tais montantes. A atividade conhecida remonta aos anos de 2016 e 2017.

A notícia foi avançada dia 9 de agosto, pelo jornal Público, dando conta que a associação foi “totalmente financiada” pela autarquia, apesar de “praticamente não ter saído do papel”.

Segundo o diário, “o município pagou 253 mil euros em equipamento destinado a limpar, embalar e transformar os figos, que estão, desde 2017, fechados nas instalações da associação, alugadas e pagas pela autarquia, espaço pertence a um tio da deputada do Partido Socialista Hortense Martins, mulher do ex-presidente da Câmara Municipal, Luís Correia”.

Seguiu-se um subsídio de 12 mil euros, aprovado por unanimidade pelo executivo, para “fazer face aos encargos com o aluguer do pavilhão”. No contrato de arrendamento constarão 950 euros mensais. Até final de 2019, os 53.200 euros de rendas “foram pagos pela empresa municipal, altura em que a empresa foi dissolvida por imposição legal devido aos sucessivos resultados negativos. Entretanto, a renda passou a ser paga pelo município, num total de 18.050 euros”. Voltou a ser aprovado por unanimidade pelo PS e PSD novo subsídio de 25 mil euros. No verão de 2016 pediria novo apoio de 94.691 euros, 32.235 euros para novos equipamentos e 16.655 para contratar um trabalhador a tempo inteiro e outro a tempo parcial. Os restantes 45.800 serviriam para pagar, durante dois anos, uma contrapartida assinada semanas depois à TBB pelo uso do pavilhão e do equipamento. Em dezembro de 2017 terá havido mais um pedido da associação ao município de 35 mil euros, que passou com os votos do PS e a abstenção do PSD.

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