Fundão: Homicida ficou em preventiva

Lídia Barata - 15/03/2018 - 12:11

A Polícia Judiciária, através do Departamento de Investigação Criminal da Guarda, anunciou que identificou e deteve domingo, dia 11 de março, o autor de um crime de homicídio qualificado, ocorrido ao início da madrugada de sábado, dia 10, no interior da residência da vítima, que vivia apenas com um filho menor, de apenas cinco anos de idade, na Aldeia Nova do Cabo, no concelho do Fundão.

 

Vera Lopes foi sepultada na aldeia de Lousa

A Polícia Judiciária, através do Departamento de Investigação Criminal da Guarda, anunciou que identificou e deteve domingo, dia 11 de março, o autor de um crime de homicídio qualificado, ocorrido ao início da madrugada de sábado, dia 10, no interior da residência da vítima, que vivia apenas com um filho menor, de apenas cinco anos de idade, na Aldeia Nova do Cabo, no concelho do Fundão.

A vítima, Vera Lopes, uma mulher com 29 anos de idade, foi, segundo o comunicado da PJ, "brutalmente agredida, com dezenas de golpes corto-perfurantes, desferidos com recurso à utilização de uma faca de cozinha, os quais terão sido causa direta e imediata da sua morte". Refere ainda que "o suspeito, que terá mantido uma relação amorosa com a vítima durante aproximadamente três anos, acabou, entretanto, por confessar os factos, mas não sem que antes tivesse adotado especiais cuidados de destruição de relevantes elementos de prova relativos aos mesmos e às circunstâncias em que tiveram lugar".

O agressor trancou a porta de casa e foi o filho da vítima, de cinco anos, que terá dado o alerta quando alguém bateu à porta de casa à procura da mãe. A vítima, que foi mãe muito jovem, atualmente vivia apenas com este filho mais novo. Depois de sair da casa da mãe já tinha vivido noutra aldeia, em casa de familiares, mas acabou por casar (relação que terá terminado no início deste ano) e ir residir para a zona do Fundão.

O detido, João Silva, de 32 anos, comerciante e com um outro relacionamento amoroso assumido, terá começado por negar os factos, inclusive qualquer relacionamento com a vítima, mas, no decorrer da sua audição pela PJ acabou por assumir este ato hediondo e colaborar com as autoridades na recolha de indícios. Foi presente segunda-feira às autoridades judiciárias competentes para primeiro interrogatório e à aplicação das necessárias e adequadas medidas de coação, tendo-lhe sido aplicada a mais gravosa, a prisão preventiva. O homem saiu do Tribunal de Castelo Branco e foi conduzido ao Estabelecimento Prisional da mesma cidade, onde vai aguardar julgamento.

Recorde-se que a jovem vítima, que pereceu após ser alvo de mais de 20 facadas, faria 30 anos domingo, mas acabou por ser esse o dia em que o seu corpo foi levado para a aldeia de Lousa, no concelho de Castelo Branco, onde a mãe e alguma família residia, para ser velado e, posteriormente sepultado no cemitério local.