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Futebol: Experiência e talento no melhor onze da ‘E’

Artur Jorge - 22/04/2021 - 21:00

Há quatro jogadores de equipas do distrito no onze Reconquista da Série E do Campeonato de Portugal. E mais três nas opções de primeira linha.

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O valoroso extremo Jair Silva, do Vitória de Sernache, e o centrocampista Pedro Graça, do Oleiros, são os únicos jogadores não pertencentes a equipas que continuam em prova nas fases seguintes do Campeonato de Portugal (subida à II Liga e acesso à Liga 3), a integrarem o ‘Onze’ da Série E escolhido pelo Reconquista no âmbito da cobertura que fez à competição. O pupilo de Ricardo Nascimento foi, não só, o melhor marcador deste alinhamento geográfico, com 10 golos, como espalhou magia em vários momentos. Na retina fica o póquer rubricado num entusiasmante Sernache-Oleiros (4-4). Aos 23 anos está no ponto para subir degraus.

A qualidade do plantel da União de Leiria, traduzida (também) em campo com uma magnífica campanha, está refletida nos quatro elementos que integram o onze: o relógio suíço Diego Galo, o competente lateral Kaká e os virtuosos Andrezinho e Rui Gomes. Cabiam mais? Cabiam. Desde logo Victor Massaia no eixo da defesa e Leandro Antunes, que chegou mais tarde, no ataque.

O bom compromisso defensivo do BC Branco reflete-se no elenco escolhido. A baliza fica para André Caio, que de ano para ano está mais completo. Teve defesas notáveis no decurso da fase regular. Com mais de uma centena de jogos nesta divisão, é uma opção fiável para patamares mais altos. Ao lado do veterano capitão leiriense colocamos o polivalente Miguel Campos, que faz bem a posição e contribui para a coesão à retaguarda do conjunto albicastrense.

Outra adaptação, esta operada pelo treinador Rui Amorim, é a nossa escolha para a lateral direita, num registo de 4.3.3, mas que se daria bem num sistema de três com os homens dos corredores projetados. Falamos de Miguel Oliveira, do Condeixa. Com 25 anos o rapaz de Ponte de Sor que andou nas categorias de base do Sporting, em boa hora regressou da experiência grega. Que bem combina com Tiago Veiga e cruza para as finalizações de Gonçalo Chaves, outros miúdos interessantes provenientes da formação da Briosa. Miguel Oliveira é extremo de formação.

No meio-campo juntamos a experiência do marinhense André Sousa (não sabe jogar mal) ao dinamismo de Andrezinho (com 25 anos está a tempo de regressar às ligas profissionais) e ao futebol elegante de Pedro Graça. O “volante” do Oleiros estava a realizar uma temporada notável até se lesionar. Depois o rendimento baixou, mas é um jogador a seguir. A bola nos seus pés é bem tratada.

Nas alas surgem então Rui Gomes (ver caixa) e Jair Silva, no apoio ao ponta de lança do surpreendente Oliveira do Hospital. David Silva está a beber, seguramente, dos ensinamentos do treinador Tozé Marreco, que gravitava nos mesmos terrenos. Já na época passava estava a revelar veia goleadora até à paragem dos campeonatos. Foi feliz o conjunto oliveirense a contratá-lo. Ganhou uma referência… com golo! Leva 9.

OPÇÕES A um treinador que conduzisse esta equipa, colocávamos ao dispor sete opções, três das quais de jogadores de equipas do distrito: o incansável maliano do Sertanense Hamed Doukouré (tem 20 anos), o desequilibrador zambiano do BC Branco Kenneth Kalunga e o muito promissor ‘9’ do Sernache o marfinense Balla Sangaré, autor de 8 golos.

Hidélvis Jardim (O. Hospital) e Mateus Lima (Condeixa) são centrais de “betão” e o extremo Cláudio Ribeiro, do Marinhense, é um ‘foco’ de perigo a partir dos flancos. Um produto de uma excelente fornada de talentos do V. Guimarães. Tem de ser mais constante.

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