Greve afecta a Unidade Local de Saúde de Castelo Branco. Foto José Furtado/ Reconquista
Os trabalhadores do setor da saúde estão em greve esta sexta-feira durante 24 horas.
O protesto envolve trabalhadores dos hospitais, centros de saúde, INEM e outros organismos no Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Em Castelo Branco a greve também se cumpre desde a madrugada, período em que os sindicatos contabilizaram uma adesão superior a 55 por cento, com uma descida no turno da manhã, quando há mais gente de serviço.
Segundo Cristina Hipólito, da delegação do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas, há estagiários e outros trabalhadores que estão abrangidos mas receiam fazer greve.
No Hospital Amato Lusitano só estão a decorrer cirurgias urgentes e o bloco de ambulatório está parado, diz a mesma fonte.
No Centro de Saúde de São Tiago não houve consultas durante a manhã.
O Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas reclama a admissão dos trabalhadores necessários ao SNS, a negociação da carreira de técnico auxiliar de saúde, o pagamento do trabalho suplementar em dívida, horários dignos e a contagem do tempo de serviço para efeitos de ordenado.
Cristina Hipólito falta em “falta gritante” de trabalhadores na ação médica, que é do conhecimento da administração da Unidade Local de Saúde e do Ministério da Saúde.
“A situação é de tal maneira grave que isto não precisa de um penso rápido. Isto precisa de um verdadeiro antibiótico, porque aposentaram-se imensos trabalhadores”, diz a dirigente sindical, que fala em mais de 7000 horas de trabalho extraordinário só no Hospital Amato Lusitano, que dificilmente será pago.