O concelho de Castelo Branco está disponível para receber refugiados ucranianos que fogem da guerra provocada pela invasão do país por parte da Rússia.
A vontade foi comunicada pela Câmara Municipal de Castelo Branco à embaixada ucraniana e ao ministro português dos Negócios Estrangeiros, disse ao Reconquista o presidente Leopoldo Rodrigues, que participou esta segunda-feira numa vigília pela paz convocada por um grupo de cidadãos albicastrenses.
O autarca albicastrense salientou o contributo que a comunidade ucraniana tem dado ao desenvolvimento de Castelo Branco.
A mensagem remetida à embaixadora da Ucrânia em Portugal pretendeu “demonstrar em primeiro lugar a nossa solidariedade com o povo ucraniano” mas também que Castelo Branco “está disponível para os acolher e facilitar a inserção do mercado de trabalho”, numa altura em que é pública a dificuldade em encontrar mão-de-obra em algumas áreas.
Leopoldo Rodrigues associou-se a esta vigília que ocorreu ao cair da noite junto à estátua de Amato Lusitano, uma demonstração de quem está “contra o atropelo dos direitos humanos”, disse ao Reconquista.
Jorge Costa, um dos promotores desta vigília, salientou que era impossível ficar indiferente “perante tudo isto que está a acontecer” e que este foi apenas um primeiro passo para que as pessoas se organizem para outras ações a favor do povo ucraniano.
A concentração começou com a leitura de um manifesto de solidariedade do povo albicastrense para com o povo ucraniano, que depois de assinado pelos participantes será enviada à embaixada ucraniana em Portugal.
O dia ficou ainda marcado pela iniciativa do Clã Académico de Castelo Branco, uma organização ligada aos escuteiros e à Igreja, que em poucas horas juntou um grande número de donativos em apenas dois pontos de recolha instalados na Escola Superior de Saúde Dr. Lopes Dias e na livraria Multimédia de S. Miguel, junto às instalações do Reconquista na zona da Sé.
Os trabalhadores da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco também se concentraram esta segunda-feira à porta do hospital e dos centros de saúde para apoiar os profissionais de saúde ucranianos e as suas famílias.