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Hospital: “Castelo Branco deve ter aquilo a que tem direito”

João Carrega - 20/10/2022 - 18:53

O Hospital necessita de mais profissionais de saúde. As palavras são do presidente da Câmara. Leopoldo Rodrigues diz que a autarquia disponibilizará meios e recursos, mas que o trabalho deve ser feito pela ULS e Governo.

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Castel-Branco da Silveira seria dos primeiros a lutar por aquilo a que Castelo Branco tem direito”, disse Leopoldo Rodrigues

O presidente da Câmara de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues, sublinhou que é à administração da Unidade Local de Saúde albicastrense e ao Governo que compete reforçar o Hospital com mais profissionais de saúde. O autarca falava durante a sessão solene de atribuição da medalha de ouro da cidade, a título póstumo, ao médico Castelo-Branco da Silveira, antigo diretor do Hospital Amato Lusitano e fundador do seu serviço de gastrenterologia, hoje uma referência no país.

“Vivemos uma situação em que os médicos rareiam no interior do país. Queríamos e gostaríamos de ter mais profissionais de saúde. Necessitamos de ter mais profissionais de saúde. É um trabalho que compete à administração do Hospital (leia-se Unidade Local de Saúde de Castelo Branco) e ao Governo central. É uma missão onde a Câmara está inteiramente disponível para disponibilizar os recursos e os meios necessários para que isso possa acontecer”, disse.

Leopoldo Rodrigues abordava, deste modo, a questão da falta de profissionais de saúde na Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, depois de na última semana terem surgido notícias que referiam essa situação e ter sido divulgado pela comunicação social um estudo que apontava como uma das possibilidades o encerramento da maternidade do Hospital Amato Lusitano. Algo que o presidente da Câmara contesta: “Castelo Branco é a maior cidade do distrito, é a que tem mais habitantes, que se situa bem localizada geograficamente e que através do seu Hospital e da sua maternidade serve um conjunto de concelhos e locais, alguns dos quais muito afastados”.

Para o autarca, “vivemos, hoje, momentos difíceis e vivemos momentos difíceis no hospital de Castelo Branco. Ainda há poucos dias tivemos nuvens que colocam em causa alguns daqueles que são os projetos mais importantes do nosso território, da nossa região e também do nosso país. A Câmara tem tomado um conjunto de medidas para atrair a população jovem para o concelho e é uma contradição, num momento em que fazemos este esforço, em que temos fortes investimentos nesse conjunto de medidas, termos ‘notícias’ que põem em causa uma estratégia de coesão territorial e que podem por em causa essa mesma coesão”.

“Tenho a certeza que se Castel-Branco da Silveira estivesse entre nós seria dos primeiros a bater-se para que Castelo Branco continue a ter aquilo a que tem direito ter. Ele era um homem de causas, de princípios e com visão no tempo em que aqui chegou. Uma unidade como a que ele criou não se faz sem visão de futuro e nós bem precisamos de homens com visão de futuro”, disse.

Leopoldo Rodrigues apela à própria comunidade para uma luta que diz ser de todos: “em conjunto, aqueles que aqui vivem, mas também aqueles que aqui estão em Castelo Branco para honrar um homem bom, têm uma palavra a dizer nesta luta que é de Castelo Branco, mas que certamente é uma luta da cidadania, e sobretudo uma luta pela igualdade de oportunidades”.

No entender de Leopoldo Rodrigues, O autarca aproveitou a ocasião para recordar o prémio de medicina “Amato Lusitano”, instituído pela Câmara albicastrense. “Daqui por um ano estaremos a entregá-lo aos primeiros premiados. É uma forma de homenagear a medicina, os médicos e de incentivarmos a investigação nessa área. Uma cidade e um território sem boas instalações e sem médicos fica truncada no seu desenvolvimento e amputada nas suas ambições. E é por isso que esta atribuição da medalha de ouro é tão importante, pois homenageia um dos primeiros, dos melhores e uma referência da medicina”.

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