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Idanha-a-Nova: Município está contra a exploração de lítio

Reconquista - 30/11/2021 - 20:00

Não foi assegurada a salvaguarda dos valores naturais, patrimoniais e sociais, refere a autarquia.

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O presidente da Câmara de Idanha-a-Nova reitera a sua oposição à exploração de lítio no concelho, na sequência do procedimento concursal para atribuição de direitos de prospeção e pesquisa de lítio,

Armindo Jacinto referiu já esta semana que “irá também propor na próxima reunião do executivo camarário que a câmara municipal delibere opor-se firmemente, por todos os meios legais e institucionais ao seu alcance, à prospeção e exploração de lítio, no sentido de preservar o vasto e valioso património do concelho de Idanha-a-Nova, mantendo-se, de forma incondicional, ao lado da população, nesta luta”. A reunião já terminou depois do fecho desta edição do Reconquista

A posição de Armindo Jacinto é pública desde 2019, lembra a autarquia a que preside. “O autarca tem mantido conversações com o Governo sobre a prospeção e exploração de lítio, manifestando o seu desacordo”, pode ler-se numa nota de imprensa enviada às redações.

“A exploração mineira é sempre uma atividade de elevado risco ambiental e deverá ficar excluída em territórios protegidos e classificados”, acresce-se.

Ora, como é explicado no mesmo documento, “a área que se pretende concessionar sobrepõe-se, na sua totalidade, ao Geopark Naturtejo Mundial da UNESCO e à Reserva da Biosfera Tejo/Tajo Internacional, que fazem parte do Sistema Nacional de Áreas Classificadas, por reconhecimento internacional (UNESCO)”.

“Está, ainda, rodeada, pelos quadrantes nascente, sul e sudoeste, pelas áreas classificadas do Tejo Internacional (Parque Natural e Zona de Proteção Especial)”, sublinha o município raiano.

A totalidade do concelho de Idanha-a-Nova pertence ainda, como também é explicado, “à Rede Internacional de Eco-Regiões (INNER – International Network of Eco Regions), que assume um conjunto de compromissos no âmbito da sustentabilidade ambiental”.

Posto isto, conclui a autarquia idanhense, “no documento em discussão não foi assegurada a salvaguarda dos valores naturais, patrimoniais e sociais. E a possibilidade que se abre de explorar lítio ou outro minério, em áreas classificadas ou áreas protegidas, contraria todo o esforço do Município de Idanha-a-Nova no desenvolvimento sustentável da região e todo o trabalho que esta autarquia tem feito para proteger a biodiversidade e o meio ambiente”.

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