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Idanha-a-Nova: Paleontologia tem novas descobertas

Reconquista - 11/10/2021 - 11:59

Projecto junta especialistas portugueses e estrangeiros para fazer um mapa geológico de detalhe de  Penha Garcia.

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A equipa que trabalhou no projeto. Foto Naturtejo

A Naturtejo acaba de revelar à imprensa que “no prosseguimento do projeto de investigação paleontológica das formações que constituem o Sinclinal de Penha Garcia pelo Serviço de Geologia do Município de Idanha-a-Nova foram feitas novas descobertas que permitem caraterizar a vida marinha que aqui existiu num passado muito remoto”.

Uma nota de imprensa emitida por parte desta entidade, dá conta de que “o grupo internacional de geólogos e paleontólogos coordenado por Sofia Pereira, do Centro de Geociências da Universidade de Coimbra, desenvolveu cartografia estratigráfica, estrutural e paleontológica de detalhe das formações geológicas, com uma idade estimada entre os 467 e os 435 milhões de anos, que se estendem desde Salvador para além da fronteira das Termas de Monfortinho”.

Os trabalhos que conduziram a esta informação pública, tal como é referido, “concentraram-se na Herdade do Vale Feitoso, com o apoio da Monfortur e da Companhia Agrícola de Penha Garcia, uma vez que já eram conhecidas aqui cerca de uma dezena de sítios paleontológicos desde a década de setenta, incluindo sítios de relevância geológica do Inventário do Património Geológico e Geomineiro do Geopark Naturtejo Mundial da UNESCO”.

Para além de uma grande diversidade de fósseis marinhos que foram recolhidos e que serão estudados pela equipa que inclui Carlos Neto de Carvalho, coordenador científico do Geopark Naturtejo, como a mesma nota realça, é também explicado que “os dez dias intensos de trabalhos de campo permitiram descobrir novos sítios com fósseis nunca antes identificados na região”.

O trabalho de identificação e mapeamento dos novos sítios paleontológicos, anuncia a Naturtejo, “contou com o Dr. Tim Young da Universidade de Cardiff, no Reino Unido, que fez da região de Penha Garcia parte da sua tese de doutoramento na primeira metade da década de oitenta e que conhece as diferentes rochas sedimentares fossilíferas de Vale Feitoso como ninguém”. “Trilobites, braquiópodes, equinodermes, bivalves, graptólitos, ostracodos, entre uma grande diversidade de organismos marinhos extintos há centenas de milhões de anos, alguns de dimensões quase microscópicas, foram recolhidos e serão agora tratados, catalogados e estudados, para posteriormente serem devolvidos ao Município de Idanha-a-Nova, tendo em vista a constituição de uma coleção de referência”, acrescenta-se.

De acordo com Carlos Neto de Carvalho que é citado através do mesmo documento enviado às redações, “este projecto de investigação apoiado pelo Município de Idanha-a-Nova junta especialistas portugueses e estrangeiros que têm trabalhado na região para fazer um mapa geológico de detalhe com todo o potencial paleontológico que Penha Garcia possui e que apenas era conhecido para a recentemente designada Formação de Penha Garcia, de que o Parque Icnológico é o sítio mais conhecido e geomonumento de referência internacional”.

“Esta coleção paleontológica poderá ser apreciada no novo espaço interpretativo em desenvolvimento em Penha Garcia que permitirá conhecer o “Oceano Ordovícico de Penha Garcia e os modos de vida dos seus habitantes ancestrais mais famosos, as trilobites”, como concretiza o mesmo especialista.

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