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Idanha: Orquestra Sem Fronteiras vence prémio europeu

José Furtado - 24/05/2022 - 17:33

Projeto de cooperação transfronteiriça através da música nasceu em 2019 e tem Martim Sousa Tavares como diretor musical.

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Martim Sousa Tavares (à esquerda) com o prémio europeu

A Orquestra Sem Fronteiras, um projeto de cooperação transfronteiriça através da música sedeado em Idanha-a-Nova, foi a grande vencedora do Prémio Europeu Carlos Magno para a Juventude de 2022. O projeto dirigido pelo maestro Martim Sousa Tavares foi escolhido para representar Portugal neste prémio ao qual concorreram 26 projetos, acabando por ser um dos três vencedores a nível europeu. Os resultados foram conhecidos na terça-feira em Aachen, na Alemanha.

A Orquestra Sem Fronteiras é constituída por alunos dos conservatórios e escolas profissionais de música, alunos do ensino superior e ainda jovens músicos naturais ou residentes em concelhos do interior. O projeto chegou a Idanha-a-Nova em 2019 e estreou-se em março desse ano no Centro Cultural Raiano, onde tem a sua casa.

Martim Sousa Tavares disse na altura ao Reconquista que a orquestra nasceu “pela sentida necessidade de incentivar os estudantes de música da raia e proporcionar-lhes experiências de trabalho remunerado, que irão premiar o seu mérito académico e ao mesmo tempo combater o abandono do ensino da música”. A escolha de Idanha-a-Nova para receber a orquestra deveu-se ao facto de o concelho fazer parte da Rede de Cidades Criativas da UNESCO, tendo sido a primeira localidade em Portugal a obter este estatuto ligado à música.

Os segundos e terceiros prémios foram para projetos da República Checa e Alemanha ligados à participação política e ao futuro da Europa e da Ucrânia. O Prémio Carlos Magno é atribuído pelo Parlamento Europeu e pela Fundação Internacional do Prémio Carlos Magno a iniciativas de jovens entre os 16 e os 30 anos “que façam parte de projetos que promovam um entendimento mútuo à escala europeia e internacional”.

O Presidente da República felicitou “calorosamente” a orquestra e o seu diretor, numa mensagem publicada na página oficial do Palácio de Belém, destacando “o valor dos jovens e a elevação da cultura Raiana ibérica”.

Armindo Jacinto, o presidente da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova, também reagiu com “alegria e orgulho” por este “reconhecimento ao mais alto nível para o trabalho que é desenvolvido a partir destes territórios”, afirmando que é exemplar “das dinâmicas criativas, arrojadas e inovadoras que tornam Idanha-a-Nova – Cidade Criativa da Música da UNESCO e o Centro Cultural Raiano referências nacionais e internacionais”.

Notícia atualizada com as reações de Marcelo Rebelo de Sousa e Armindo Jacinto

 

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