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Ideias & Factos: Os "negócios" da Banca

Agostinho Dias - 02/09/2021 - 8:00

 

Na minha maneira de ver os bancos são instituições públicas ou privadas que negoceiam com o dinheiro dos outros. Recebem as poupanças dos clientes pelas quais deveriam pagar algum juro, e emprestam esse dinheiro a credores a troco de juros elevados. No entanto não é isso que está a acontecer: em vez de pagar juros pela poupança dos clientes, aplicam taxas mensais que muitas vezes ultrapassam uma dezena de euros. Abundam os créditos mal –parados que já levaram bancos à falência, e atira com os clientes para a rua a reclamar o seu dinheiro.

Os gestores, além de bons ordenados, ganham prémios, mesmo quando o banco apresenta défice. Os trabalhadores são despedidos e estão cada vez menos para atender aos clientes. As agências bancárias vão fechando a ponto de 1/3 dos concelhos terem menos de cinco agências bancárias; Lisboa tem mais bancos do que 16 dos distritos portugueses.

Os clientes ou têm capacidade para aceder ao homebanking e a todo o serviço digital, com os riscos de burla que isso acarreta, ou passam horas à espera de serem atendidos nas agências respetivas. Pelos vistos, as poupanças dos clientes estão parados em depósitos sem juro, que já batem record de 170 mil milhões de euros. Muitos preferem isso do que entrar em esquemas de risco.

Tudo isto faz Francisco Louçã exclamar: “pense duas vezes antes de confiar nos banqueiros atuais”. Isto talvez porque são fáceis a emprestar dinheiro aos supostos capitalistas, e são exigentes com aqueles que lhe dão a matéria-prima para poderem negociar, ou que vão pedir emprestado sem a “estrelinhas” de “grandes”.

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