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Ideias & Factos: O público e o privado

Agostinho Dias - 04/02/2021 - 10:49

Há em Portugal uma guerra mais ou menos surda entre público e privado, quer na saúde, quer no ensino.

Na saúde, porque se tem falado mais dela, é evidente: o serviço público para alguns deve “mobilizar” o privado, para outros deve “contratar”; as vacinas para alguns são só para quem está ligado ao serviço público, para outros também é preciso não esquecer o privado; até há quem defenda que só os portugueses que estão no Serviço Nacional de Saúde devem ser vacinados na sua vez, enquanto os que estão no privado devem ser preteridos.

Deixemo-nos de ideologias e tratemo-nos todos por igual e com os mesmos direitos sociais.

“Temos de ser solidários, se queremos vencer este vírus que a todos ataca”, como diz o Papa Francisco.

Quanto ao ensino o caso ainda é mais grave: é lógico que o Ministério da Educação, quando manda fechar escolas por causa da pandemia, a ordem é para todos, sejam privados ou públicos.

No entanto, quando as escolas privadas se organizam para o ensino à distância, o Ministério não as pode proibir, só porque não consegue organizar esse ensino nas escolas Públicas.

Não podemos prejudicar os outros, porque não podemos competir com eles…

Estes tiques socialistas que ainda existem em alguns dos nossos Ministérios têm de ser ultrapassados e todos temos de lutar pelo bem comum.

Como diz a Evangelli Gaudium, “o cuidado e a promoção do bem comum da sociedade compete ao estado. Este, com base nos princípios de subsidiariedade e solidariedade, e com um grande esforço de diálogo político e criação de consensos, desempenha um papel fundamental… Este papel exige, essas circunstâncias atuais, uma profunda humildade social”.

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