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Ideias & Factos: Um país partido

Agostinho Dias - 14/03/2024 - 8:01

 

As eleições de domingo passado só vieram complicar todas as contas que possibilitem a governação do país. Venceu a direita porque a AD, o Chega e o IL juntos têm a maioria dos votos.

Neste momento ainda falta contar os 4 votos de emigração que até podem dar a vitória ao PS. No nosso distrito as contas foram diferentes: venceu o PS que elegeu 2 deputados, a AD elegeu 1 e o Chega elegeu outro.

O PS declarou que vai liderar a oposição, e não tem condições para apresentar um executivo alternativo à maioria da direita; prometeu não votar qualquer moção de rejeição que seja apresentado no início da legislatura, mas também assumiu ser “praticamente impossível”, num orçamento de Estado para 2025 apresentado pela AD. Isto quer dizer que se o Chega não apoiar esse orçamento, daqui a meio ano estamos de novo em eleições.

Quer queiramos, quer não o Chega passa a ser o fiel da balança, o que é muito complicado num partido que quer à força ir para a governação do país, apesar de Montenegro dizer que não fará tratados com ele.

Desta vez a abstenção ficou-se pelos 34%, a mais baixa desde 1995, a direita ganha, mas não está unida e o Chega, ovelha negra, foi o 3.º partido com mais votos 18,1%.

Em democracia há sempre o recurso a novas eleições, mas o povo pode cansar-se de votar e dizer aos políticos que se entendam, porque não estamos para aturar a sua sede de poder…

Coisa curiosa: no sul do país, que era o coito da CDU, agora o Chega já passou à sua frente e é a maior força da região… Estamos mesmo num país partido e repartido pelos partidos, ou de direita, ora de esquerda.

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