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Ideias e Factos: A educação sexual

Agostinho Dias - 19/01/2017 - 11:37

O porta voz do Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa insurgiu-se contra a inclusão do aborto nos manuais escolares do 2.º ciclo do ensino básico.

De facto parece precoce expor crianças de 10 ou 11 anos a um tema que no fundo é violento, e que por isso mesmo já foi objeto de uma petição, com muitas assinaturas, no sentido de o tema ser retirado.

Aliás, a nota do Conselho Permanente contesta mesmo a maneira como a educação sexual é encarada nos manuais escolares: os temas são desenvolvidos apenas numa perspetiva de saúde, sem ter em conta os aspetos psicológicos e afetivos que a eles estão ligados.

De facto a saúde sexual e reprodutiva é apenas uma parte que é preciso encarar, mas é muito redutor o tema ser tratado apenas neste aspeto.
Pelo lado psicológico e afetivo do temas, as famílias seriam o lugar mais indicado para esta educação sexual; aquelas famílias que são capazes de o fazer não deveriam deixá-lo para as escolas , e serem elas a fazer esta educação, em ambiente de intimidade afetiva.

O problema são as famílias nas quais isso não é possível, quer  por impreparação, quer até por distorção da sexualidade.

Não nos esqueçamos dos muitos casos de violência sexual vivido nos casais, ou até de abuso sexual para com os mais pequenos.

A esta gente não se pode entregar a educação sexual dos seus filhos. aqui a escola tem a função supletiva essencial.

É bom notar que tudo tem o seu tempo, e querer apressar os problemas dá maus resultado, como dá mau resultado querer adiá-los.

Se as escolas tivessem psicólogos habilitados suficientes, saberiam discernir qual a altura propícia para falar a cada um deste tema e a maneira melhor de o fazer.

Às vezes, o que se faz por aí são verdadeiros atentados ao bom senso…

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