Segundo um estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos, 1/5 da população portuguesa continua a viver na pobreza apesar de todas as campanhas de combate à mesma que o governo tem anunciado. A Cáritas diz que devido à pandemia este número está aumentando, pois são cada vez mais os que aparecem a pedir ajuda para alimentação, renda de casa, pagamento de água e luz, ou de medicamentos. Isto a nível nacional, mas também a nível local. Continuando a seguir este estudo, destes 20% de portugueses pobres, a maioria, 32,9% são trabalhadores com baixos salários que não chegam para os gastos da família; 26,6% são precários que ora trabalham, ora estão no desemprego; 27,5% são reformados cujas pensões de sobrevivência são insuficientes; apenas 13% são desempregados de longa duração que não conseguem emprego, ou não querem trabalhar. Nestes números fazem-se notar os baixos salários e as baixas qualificações. Todas estas situações se agravam quando a doença aparece e não há forma de pagar as contas que se agravam, ou quando o divórcio vem separa o casal e é preciso pagar indemnizações a um dos cônjuges. Estes pobres vão desde os sem abrigo, aos idosos abandonados nos hospitais, aos que vivem em condições miseráveis de habitação, de higiene, ou de alimentação, entregues ao álcool, à droga, ou à demência senil.
Se, quem trabalha tem o direito a um salário justo, do qual possa viver o trabalhador e o seu agregado familiar, estes números significam que 1/3 dos pobres o são, porque não recebem um salário justo, segundo o que é a doutrina social da Igreja. Os patrões que se dizem cristãos têm aqui um tema de reflexão. Os outros 2/3 dos pobres precisam dos apoios, de que hoje tanto se fala, mas que muitas vezes vêm para aqueles que fazem mais barulho e não para os que mais precisam deles.
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