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Ideias e Factos: As falências...

Agostinho Dias - 11/03/2021 - 9:36

O país está apreensivo com o que se está a passar na empresa groundforce que é responsável pelo movimento das bagagens nos aeroportos portugueses: chegou ao fim de fevereiro e não tem dinheiro suficiente para pagar o ordenado aos seus trabalhadores. Dado o muito menor movimento de bagagens e passageiros nos aeroportos, é natural que isso aconteça. Como o acionista privado não pode dispor das suas ações para servirem de garantia a um empréstimo de 12 milhões, voltam-se para o Estado para que nacionalize a empresa e assim os trabalhadores recebam os seus ordenados. É evidente que o Estado não pode nacionalizar todas as empresas falidas. Já pagamos de impostos 60 euros por cada 100 que gastamos em combustíveis, sendo o 4.º país da União com o gaz e gasolina mais caros, os portugueses não podem ser mais sobrecarregados. Apesar de o governo falar de “basucas”, de apoios sem fim, não pode embarcar por este caminho. A solução poderá ser a falência judicial da empresa que se declara insolvente, com todas as consequências que daqui advêm.
O pior disto tudo é que a groundforce é a primeira a não ser capaz de assumir os seus compromissos. Temo que muitas se lhe sigam dado o estado vegetativo em que está a viver a industria hoteleira, os transportes, os espetáculos, a cultura, o turismo, etc., e não se vê ainda quando será a retoma. A retoma não vai ser fácil por aquilo que nos dizem os técnicos de saúde, apesar da esperança das vacinas. Há jovens que já estão a prever isto e a fugirem para o interior do país a fim de se dedicarem à agricultura. Evidentemente que há trabalhos que não podem parar como os do campo da saúde, da educação, da construção, da agricultura, etc. Há contudo outras atividades, menos essenciais cuja retoma vai demorar. São essas as que estão em perigo.

agostinho.dias@reconquista.pt

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