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Ideias e Factos: Casa onde não há pão

Agostinho Dias - 20/07/2018 - 9:09

A grande fragilidade do nosso país é a sua dívida pública que continua a aumentar. Quando José Sócrates chegou ao governo, a dívida direta do Estado era de 92.761 milhões de euros. Em Junho de 2011 quando saiu do governo era de 172.394 milhões, o que representa um aumento de 79.633 milhões de euros, isto é, um crescimento médio mensal de 1.062 milhões de euros. Com o governo de Passos Coelho a dívida atingiu 225.723 milhões, ou seja, nos 53 meses de governo aumentou 53.329 milhões, o que corresponde a um crescimento de 1.006 milhões por mês. No governo de António Costa, a dívida tem crescido em média 687 milhões por mês, atingindo em maio passado a cifra de 246.345 milhões. Mais dívida equivale a mais juros, mais saída de divisas, mais empobrecimento.
Se este dinheiro tivesse sido gasto em atividades rentáveis, significaria mais riqueza para o país que produziria mais, exportaria mais e se desenvolveria mais. Porém não é isto que se verifica totalmente. A economia está a crescer, embora não tanto como se apregoa. Mas olhando para o país vemos a saúde em crise aguda, os transportes ferroviários em falência técnica, na educação todos ralham e ninguém tem razão, a segurança social deficitária, os guardas prisionais em reivindicações contínuas, as forças de segurança a manifestarem-se. Isto significa que a nossa qualidade de vida não tem melhorado assim tanto… Mas no reverso da medalha continuamos carregados de impostos indiretos em tudo o que consumimos, a começar pelos combustíveis e energia. E pior não vemos os nossos governantes a serem capazes de se entender sobre o rumo a dar às nossas finanças públicas e à economia do país. “Casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão”.

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