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Ideias e Factos: Crianças, precisam-se

Agostinho Dias - 02/06/2021 - 10:09

Nesta terça-feira, 1 de junho, celebrámos o Dia Mundial da Criança. Em Portugal há 12 anos seguidos que o número dos que morrem supera o dos que nascem. Em 2020 nasceram de mães residentes em Portugal 84.426 crianças, menos 2.153 do que em 2019, o que significou uma redução de 2,5 por cento. No entanto morreram 123.358 pessoas aqui residentes, mais 11.565 do que no ano anterior, o que significa um aumento de 10,3% em relação ao ano anterior. Isto traduz-se num “forte agravamento do saldo natural, que passou de - 25.214 para – 38.932. Foi a região onde vivemos aquela que registou o saldo negativo maior, com menos 14.508 nascidos, do que mortos. Pelo sexto ano consecutivo, mais de metade do total de nascimentos (57,9%) verificou-se fora do casamento. As mães 64,2% tinham entre 20 e 34 anos, 33,7% tinham 35 anos ou mais, e 21% tinham menos de 20 anos. Quanto a mortes 86,2% foram de pessoas com mais de 65 anos e destes 60,4% com mais de 80.
A primeira conclusão que tiramos destes números é a de que Portugal carece de crianças que venham equilibrar a população aqui residente. Temos uma sociedade cada vez mais envelhecida e isso vai-se notar cada vez mais, à medida que os nascidos na década de 50 e 60, que foram muitos, vão envelhecendo. No interior centro há muitas aldeias onde não existe qualquer criança aqui nascida e que por isso caminham para a extinção. Os estrangeiros estão cada vez mais a povoar este centro desertificado.
Outra conclusão é a de que em 2020 o número de mortos foi agravado mais 11.565 do que em 2019, com a pandemia do covid-19. As nossas crianças têm menos o apoio dos seus avós que pereceram desta doença. Apesar de idosos, ainda eram o apoio dos netos em muitas situações. Estamos mais pobres já que as crianças são a nossa principal riqueza.

 

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