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Ideias e Factos: Enriquecer com a saúde

Agostinho Dias - 18/03/2021 - 9:45

A pandemia, não foi um grave problema económico para todas as atividades. Para as farmacêuticas e até para quem trabalha com a área da saúde foi uma ocasião de enriquecimento económico. A venda do material para fazer os milhões de testes, a produção de vacinas, dos ventiladores, do oxigénio, das máscaras, das luvas e viseiras, dos materiais de desinfeção, etc., foram uma ocasião de muita gente ganhar bom dinheiro. Mesmo os serviços de saúde em hospitais privados, sobretudo, foi uma ocasião de lucro para muito boa gente. A Organização Mundial de Saúde bem desafiou os produtores das vacinas a porem à disposição, prescindindo dos direitos intelectuais, a fórmula das vacinas, mas pelos vistos até à data não se viu ninguém a dar resposta positiva. Alguém dizia que as vacinas são tão necessárias para os que estão sujeitos a morrer com a doença, como o pão para os que estão a morrer de fome. Pelos vistos cada laboratório está apenas interessado em vender mais e mais caro, e não dar a fórmula para que outros fabriquem.
Aliás, é impressionante o preço a que se vendem os medicamentos, pelos menos quando aparecem no mercado: para curar doenças mais raras, os medicamentos custam centenas de milhares de euros por ano, o que não é acessível á maioria das bolsas; ou há apoios do Estado e de particulares, ou se morre da doença… É certo que as farmacêuticas não são a Santa Casa da Misericórdia, mas poderiam ganhar menos quando se trata de salvar vidas, que nunca têm preço. Os países mais pobres são os últimos a receber a vacina, precisamente porque não têm dinheiro. Como diz a Fratelli Tutti do Papa Francisco: “A opção pelos pobres deve conduzir-nos á amizade com os pobres”.

Agostinho Dias
agostinho.dias@reconquista.pt

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