É muito frequente ouvirmos as pessoas a queixarem-se da falta de meios quando alguma coisa corre mal. Por falta de meios as escolas não estão aquecidas e com salas sem condições, por falta de meios não há camas suficientes nos hospitais disponíveis para quem adoece, por falta de meios não avança o projeto da ferrovia, etc. Aqui trata-se de meios materiais a começar pelo dinheiro que falta para tantos projetos.
Por falta de meios não há professores e auxiliares suficientes para as escolas, por falta de médicos há consultas adiadas e gente que morre sem ser atendida, por falta de agentes de autoridade a criminalidade às vezes não é prevenida, por falta de trabalhadores a justiça é morosa e tardia, etc. Trata-se da falta de pessoas para fazerem o trabalho que é necessário em cada setor. Curiosamente, talvez por milagre, às vezes os meios aparecem em duplicado e depois discute-se quem é competente. Foi o que há dias aconteceu em Évora com a GNR e a PSP a discutirem quem tem competência para acompanhar o carro que levasse as vacinas para o sul. Já tínhamos visto isto aquando do assalto ao paiol de Tancos, com a Polícia Judiciária Militar em competição com a Judiciária Civil.
Tudo isto prova a falta de organização que muitas vezes existe com os governantes a quererem apresentar trabalho e depois falta o dinheiro, ou com as instituições em competição menos sadias umas com as outras. É preciso que quem manda o faça com competência e sem querer afirmar-se demasiado, e quem obedece esteja ciente do que é a sua obrigação de procurar o melhor modo de fazer as coisas. Há muita gente a trabalhar para dar nas vistas nos holofotes da comunicação social.
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