Este site utiliza cookies. Ao continuar a navegar no nosso website está a consentir a utilização de cookies. Saiba mais

Ideias e Factos: Mais um ano letivo…

Agostinho Dias - 22/06/2017 - 10:00

Mais um ano letivo a chegar ao fim. No ensino superior com a festa da bênção das pastas, termina-se o curso e vem a corrida à procura de trabalho compatível. Os finalistas dizem-se bem preparados, mas o que é fato, muitos não conseguem trabalho no ramo para que se formaram, nem noutros. Entram para o clube dos que nem estudam, nem trabalham… No ensino obrigatório e no secundário estamos a assistir a um braço de ferro entre sindicatos e governo, por causa da efetivação dos professores, de modo a deixarem de ser precários e a passarem para o quadro. Ainda estamos na fase do número de alunos a diminuir e por isso não convém efetivar professores, para depois ficarem com horário zero. Como as aposentações são cada vez mais tardias, poucos lugares vão sobrando para os que tenham menos de 20 anos de carreira. A nível de alunos a ordem é para não chumbar, mas tentar passar e recuperar os que não conseguiram, ou não quiseram acompanhar os outros. O que continua a ser preocupante nas nossas escolas, é a desordem provocada nas salas de aulas por aqueles que não estão interessados em estudar. E os professores que se quiserem impor, ainda por cima têm de se ariscar a enfrentar os pais destes meninos, que por vezes chegam a “vias de fato”. Exames no ensino obrigatório parece que só no 9.º ano a português e matemática; nos outros anos fazem-se provas de aferição que servem para avaliar os professores, mas não os alunos, que ainda se riem destas provas. Há uma mentalidade generalizada contra os exames que não favorece a sua realização. Apesar destas dificuldades, tem-se gabado o nosso ensino, dizendo-se mesmo que esta é a geração mais bem preparada saída das nossas escolas. Há cursos exigentes e bem estruturados. Há alunos que correspondem a essas exigências e trabalham. Esses são os que conseguem singrar na vida. Quanto aos medíocres, serão sempre medíocres, mesmo que os seus pais não o admitam.

COMENTÁRIOS