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Ideias & Factos: O ideal olímpico

Agostinho Dias - 29/07/2021 - 10:53

A 23 de julho acompanhei pela TV a abertura dos jogos olímpicos em Tóquio, a que alguns chamaram “uma festa, sem festeiros~”, por não terem assistência nas bancadas. Foi um desfilar de mais de duzentas bandeiras e atletas dos países participantes. Senti ali presente o mundo todo em igualdade de circunstâncias, embora com delegações mais ou menos numerosas.
Foi bonito o ambiente de alegria, de fraternidade e de paz vivido entre todos os presentes.
Não resisto a citar o padre Gionatan de Marco, que acompanha a delegação italiana a estes jogos. Diz ele: “Cada delegação com a sua divisa e as suas cores, mas misturadas em harmonia num mar de cores que exaltam as diferenças de cada uma sem as opor, amalgamando-se num conjunto de unicidade que torna visivelmente concreta aquilo que comummente chamamos fraternidade”, assinala.
Na Vila Olímpica, acrescenta o padre, “toca-se pela mão aquilo que o Papa Francisco escreve na encíclica Fratelli tutti, reiterando como o mundo existe para todos, porque todos nós, seres humanos, nascemos nesta Terra com a mesma dignidade”.
Para Gionatan de Marco, “as diferenças de cores, religião, capacidade, lugar de origem, lugar de residência e muitas outras não se podem antepor ou utilizar para justificar os privilégios de alguns em detrimento dos direitos de todos”.
“Aqui toca-se pela mão a beleza de sermos únicos, mas no interior de uma comunidade extraordinária, em que cada atleta vive a sua experiência olímpica com o direito a sonhar uma vitória, sentindo que todos têm as mesmas oportunidades de subir ao pódio, independentemente de estar equipado com a camisola de um país rico ou com a de um país pobre”.
Oxalá este ambiente se mantenha até ao final dos jogos.
Agostinho Dias
agostinho.dias@reconquista.pt

 

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