Um estudo dos investigadores da Universidade de Oregon e do Instituto de Ciências Biológicas da Virgínia, verificou que 16 dos 31 sinais indicadores da crise climática Global já ultrapassaram as linhas vermelhas. Alguns desses sinais: 2020 foi o segundo ano mais quente desde que há registos; os cinco anos mais quentes foram todos desde 2015; os três gases com efeito de estufa atingiram um recorde de concentração atmosférica no ano passado. Os incêndios na Califórnia e as inundações na Europa Central foram a prova desta deterioração do clima.
Os mesmos investigadores dizem que vão ser necessárias mudanças profundas no comportamento humano para enfrentar os desafios da “crise climática”.
Recomendaram por isso “a eliminação e eventual proibição” dos combustíveis fósseis bem como o desenvolvimento de reservas climáticas estratégicas. A prova de que a paragem da economia global no 1.º semestre de 2020 por causa da covid 19, é que os níveis preocupantes destes gazes caíram drasticamente para um nível sem precedentes”.
Lembro o nº. 14 do Laudato Si do Papa Francisco: “Lanço um convite urgente a renovar o diálogo sobre a maneira como estamos a construir o futuro do planeta. Precisamos de um debate que nos una a todos, porque o desafio ambiental, que vivemos, e as suas raízes humanas dizem respeito e têm impacto sobre todos nós… As atitudes dificultam os caminhos da solução… são da negação do problema à indiferença, à resignação acomodada, ou à confiança cega nas soluções técnicas. Precisamos de uma nova solidariedade universal”.
Agostinho Dias
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