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Ideias e Factos: Estamos ricos?

Agostinho Dias - 17/06/2021 - 10:38

Em 2024 Portugal celebra 50 anos do 25 de abril, data em que foi inaugurada uma nova República. Pelos vistos a data, que é importante para os portugueses, vai ser comemorada já a partir de 2021 e até 2026, durante 5 anos e meio com um gabinete não ministerial a organizar essas comemorações. Já estão nomeados um Comissário, Adão e Silva, com um ordenado mensal de 4.525 euros brutos por mês; tem direito a secretária, motorista e carro do Estado, e ainda 8 assessores que ao todo representam uma despesa mensal para o Estado, superior a 300.000 euros. Isto fora os gastos com os atos comemorativos… Será que a bazuca vai dar para isto tudo? Não estaremos a desperdiçar dinheiro? O Movimento de Ação Ética diz que ”é fundamental aprofundar as questões éticas nas decisões e na vida e fazer uma reflexão porque a ética, em Portugal, está a transformar-se numa coisa relativamente necessária”. Basta olhar para os gabinetes ministeriais e verificar que António Costa dá emprego a 1259 boys do P.S.. A despesa ordinária já ultrapassa os 73 milhões de euros mensais; o quadro é o mais elevado desde 2011. São muitos os casos de nomeações polémicas de familiares de ministros e secretários de Estado para altos cargos, bem remunerados. Pior ainda: já há quem diga que é preciso ter cartão do P.S. para encontrar emprego nestes tempos em que o desemprego é crescente. Ainda há dias um funcionário da TAP dizia que só não há despedimento na empresa para quem tenha o referido cartão. É evidente que não posso comprovar isto que outros afirmam, mas só o falar-se nisso já é muito mau…
Na Fratelli Tutti, no nº. 104 o Papa Francisco diz: “Tampouco se alcança a igualdade definindo, abstratamente, que “todos os seres humanos são iguais”, mas resulta do cultivo consciente e pedagógico da fraternidade. Aqueles que são capazes apenas de ser sócios criam mundos fechados. Que sentido pode ter uma pessoa que não pertença ao ciclo dos sócios e chega sonhando com uma vida melhor para si e suas famílias?”

Agostinho Dias
agostinho.dias@reconquista.pt

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