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IPCB: António Fernandes escolhe equipa

João Carrega - 14/07/2022 - 17:45

António Fernandes tomou posse como presidente do IPCB. A sua equipa é composta por três vice-presidentes e um novo administrador.

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António Fernandes tomou posse, no passado dia 6 de julho, para o seu segundo mandato enquanto presidente do Instituto Politécnico de Castelo Branco. Na cerimónia realizada no auditório da Escola Superior de Tecnologia, tomaram também posse os três vice-presidentes Nuno Castela, Luís Farinha (transitam do mandato anterior) e Ana Ferreira; e o novo administrador, Ricardo Batista.

O presidente do IPCB aproveitou o seu discurso para recordar aquilo que foi o seu trabalho no primeiro mandato, aludindo ao aumento do número de alunos (de 3794 para 4600), à digitalização de processos e renovação de estruturas informáticas e à recuperação financeira da instituição. “De um passado com um quadro orçamental muito difícil e com episódios recorrentes de pedidos de reforço orçamental no final de cada ano, onde se atingiram valores superiores a um milhão e meio de euros por ano, o IPCB desfruta atualmente de saúde financeira, com resultados concretos ao nível da utilização eficiente dos recursos e aumento da receita própria”, disse.

António Fernandes aludiu ainda à proposta de reestruturação do IPCB, aprovação dos estatutos em Conselho Geral e a sua não aprovação por parte do Ministério. “Aguardamos presentemente por uma audiência no Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior no sentido de se perceber concretamente a visão tutelar acerca da reestruturação organizacional pensada e decidida pelo IPCB no âmbito daquela que é a sua autonomia”, sublinhou.

O presidente do IPCB abordou também no futuro, mais concretamente nos cinco princípios programáticos do seu plano de ação com que, no passado dia 7 de abril, se apresentou a eleições. António Fernandes falou da especialização e diversificação da oferta formativa focada em novos públicos, adultos e jovens, com especial destaque para as áreas STEAM - Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática”.

O segundo princípio diz respeito à “consolidação e valorização da investigação com a dinamização de ambientes de I&D+I que melhorem a transferência de conhecimento e tecnologia para a comunidade, promovendo a cooperação (e integração) de diferentes atores em projetos de investigação e transferência de conhecimento”.

O reforço da cooperação institucional é o terceiro vetor, enquanto que a sustentabilidade organizacional, com a aposta em modelos de governação e gestão sustentáveis e transparentes surge como quarto elemento. A melhoria das infraestruturas é o último dos princípios.

Na sua intervenção, António Fernandes abordou a proposta de alteração cirúrgica da Lei de Bases do Sistema Educativo e do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior, levada à Assembleia da República para discussão na generalidade no passado dia 23 de junho e votada no dia 24 de junho, tendo sido aprovada por unanimidade a questão da atribuição de doutoramento por parte dos politécnicos. “O que se pretende em concreto é que os Politécnicos possam outorgar do grau de doutor e a atual designação de Instituto Politécnico seja alterada para Universidade Politécnica. A existência de programas de doutoramento nos Politécnicos implicará mais investigação, desenvolvimento e inovação (I,D&I) junto de empresas e instituições, reforçando ainda mais o papel dos Politécnicos no desenvolvimento económico e social das regiões onde se inserem”, justificou.

O tema foi também focado por José Augusto Alves, presidente do Conselho Geral da instituição. “Foi um longo caminho, que tivemos que percorrer até aqui e tenho mais uma vez, que salientar todo o empenho que António Fernandes colocou nesta matéria, assim como de outros presidentes e presidentes dos Conselhos Gerais, que juntamente com um grupo de cidadãos, possibilitou que essa petição chegasse ao Parlamento e fosse votada de uma forma global, como foi, por todos os grupos parlamentares. Para além desta conquista foi também aprovada a mudança da denominação do nome dos Institutos Politécnicos, que passarão a designar-se Universidades Politécnicas. Que bem ficaria este novo nome, para o nosso IPCB, que apresento unicamente como sugestão, Universidade Politécnica de Castelo Branco”.

Diz que José Augusto Alves “para a nossa cidade e a nossa região, esta alteração foi uma conquista, porquanto há anos atrás, não conseguimos fixar na nossa cidade uma universidade. Não se trata de um conflito entre estabelecimentos de ensino superior, trata-se tão só de valorizar o que de melhor se faz nos Institutos Politécnicos e assim dar a possibilidade aos estudantes de concluírem os seus estudos até ao doutoramento, nas várias escolas, que fazem parte do Instituto Politécnico, que por opção escolheram, para se formarem”.

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