Este site utiliza cookies. Ao continuar a navegar no nosso website está a consentir a utilização de cookies. Saiba mais

João Nívea: “Para mim é muito clara a dimensão do BC Branco”

Artur Jorge - 05/05/2021 - 16:23

O novo treinador do BC Branco reconhece a dificuldade da missão, mas lembra que o quadro que encontrou em Évora era mais complicado. E salvou o Juventude da descida.

Partilhar:

João Nívea (ao centro) com a sua equipa técnica, onde permanece Luís Graça (à esq.)

João Nívea, de 30 anos, foi apresentado esta quarta-feira como treinador do BC Branco até final da fase de acesso â Liga 3, sucedendo no cargo ao destituído Pedro Barroso. Depois de ter salvo da despromoção já esta época o Juventude de Évora nas últimas seis jornadas, com um calendário de enorme exigência, o ex-adjunto de Filipe Moreira e Hugo Martins no Sertanense, chega ao Vale do Romeiro imbuído de ambição, reconhecendo ter “muito a ganhar” com esta entrada no emblema albicastrense.

A seu lado tem os adjuntos Luís Graça, Miguel Bragança (preparador físico), André Coelho e Rui Pedro (treinador de guarda-redes).

Tem aqui um enorme desafio?

- “Antes de mais, é uma honra entrar num clube que é um baluarte do desporto na Beira Baixa. Já estive noutro que muito respeito, o Sertanense. Mas para mim é clara a dimensão do BC Branco. Quando surgiu a oportunidade, num processo muito acelerado, ponderei e tudo apontou para um passo bom. Complicado? Sem dúvida. Mas venho de um (Juventude de Évora) bem mais difícil. A pressão de descer é maior. Aqui há uma pressão que é positiva, na perspetiva de subirmos um patamar competitivo. Vamos procurar dar um clique a este grupo”.

O BC Branco tem um calendário complicado e… 1 ponto em 6 possíveis…

- “Dependemos de nós próprios. Isso é bom. Obviamente que seria preferível jogar em formato de casa e fora. É verdade que são três deslocações difíceis. Vamos preparar tática e estrategicamente a equipa para poder pontuar em todos elas. Deixo uma garantia: vamos ter muita garra!”.

Vê qualidade no seu plantel?

- “É um plantel que foi feito numa base de continuidade. Mesmo estando noutros clubes, procuramos conhecer o mais possível o futebol. Conheço esta equipa. Tem jogadores com quem já nos cruzamos noutras paragens e outros como adversários. Tenho perfeita noção da qualidade individual que aqui existe. Hoje (quarta-feira) comecei a olhá-los nos olhos. A perceber o que me podem dar, para a partir daí tirar ilações e colocar as peças em seu sítio”.

Estrutura técnica já atua no terreno

 

Tem mais a ganhar do que a perder, concorda?

- “Percebo a ideia. Venho, como disse, de um desafio onde a pressão era negativa. Em seis jogos, defrontámos fora o 2º, 3.º, 4º e 6.º classificados. Aqui é um cenário de subida, com apenas quatro jogos, mas a dependermos de nós. Vamos viver dia a dia e no derradeiro compromisso, quando partirmos para o último jogo, ver que contas nos estão reservadas.

De outra forma: é o maior desafio da sua carreira?

- “Acho que o maior desafio da minha carreira, até aqui, foi ter estado quase quatro meses sem receber no Vilafranquense. Isso sim! São desafios extremamente complicados. Este em Castelo Branco é estritamente desportivo. E é para eles que os treinadores cá estão. Lido com isso com alguma naturalidade”.

Vai proceder a muitas mexidas? Tem ‘escola’ de sistema de três centrais, com Filipe Moreira e Hugo Martins…

- “No domingo veremos que BC Branco teremos a nível tático e estrutural. Está tudo em aberto. Há dois caminhos: aproveitar o que tem sido feito ao longo de mais de um ano, ou mudar e implementar imediatamente as minhas ideias. Posso querer ir para outra situação… Conhecemos bem o Caldas, com o Zé Vala há muitos anos à frente da equipa. É um conjunto que não oscila em função dos adversários. Tem o seu registo e não abdica dele”.

Curiosamente, um treinador (Hugo Martins) com quem já esteve por mais de uma vez, foi “quem lhe abriu” as portas do BC Branco.

- “Tenho um carinho muito especial pelo Hugo. Foi ele que me abriu as portas do futebol sénior, no 1.º de Dezembro. Reencontramo-nos, posteriormente, na Sertã. Aí fiz um bocadinho o papel inverso. E, realmente, ironia do futebol. Foi a vitória do seu Loures em Castelo Branco que abriu esta possibilidade. Vai ser um prazer defrontá-lo. Mas será em noventa minutos adversário. Como qualquer outro. A pressão técnica é ótima. É isso que nos faz ter sempre o sangue na guerra. Conheço bem a ideia de jogo do Hugo Martins”.

COMENTÁRIOS