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Justiça: Leitura da sentença sobre incendiário foi adiada

Lídia Barata - 18/10/2022 - 15:13

Leitura da sentença do homem que ficou conhecido como o "engenheiro incendiário" deve acontecer dentro de uma semana.

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Tribunal de Castelo Branco. Foto arquivo Reconquista

A leitura da sentença do caso do incendiário da Sertã, que estava marcada para esta terça-feira, foi adiada para dentro de uma semana, numa data ainda a definir.

Nélson Afonso, que ficou conhecido como o “engenheiro incendiário”, responde por 16 crimes de incêndio ocorridos num período entre junho de 2017 e julho de 2021, quando foi detido, encontrando-se desde então no Estabelecimento Prisional de Castelo Branco.

As alegações finais foram conhecidas a 16 de setembro e a sentença deveria ter sido lida esta terça-feira no Tribunal de Castelo Branco a partir das 14H00, tendo sido adiada sem ter sido dada uma justificação publicamente.

O Ministério Público e os advogados de acusação pedem a pena máxima de 25 anos para o arguido, que logo na primeira sessão, em abril deste ano, confessou a autoria de 15 dos 16 crimes.

Por seu lado, a defesa pede uma pena especial de internamento.

desses incêndios provocou ferimentos a uma pessoa, que esteve hospitalizada durante três meses em Lisboa, dos quais duas semanas em coma.

A defesa alegou a existência de stress pós traumático e depressão e chegou a pedir uma nova peritagem, que foi recusada pelo coletivo de juízes.

Recorde-se que os incêndios que ateou consumiram mais de 64 mil hectares, na Sertã e nos concelhos vizinhos de Oleiros, Proença-a-Nova e Vila de Rei, tendo causado um prejuízo direto avaliado em 200 milhões de euros (entre casas, máquinas agrícolas, culturas e floresta).

O arguido usava engenhos incendiários, com temporizadores, o que lhe permitia estar sempre noutro local distante do ponto de ignição. Além disso, alguns chegaram a deflagrar em simultâneo e em locais de difícil acesso. O Estado pede por isso a condenação do arguido e exige-lhe uma indemnização superior a quatro milhões de euros, para ressarcir os custos dos meios envolvidos no combate aos incêndios.

COMENTÁRIOS

JMarques
à muito tempo atrás
Justificação para que?
Pressa para quê?
Há muito tempo.
Coitado, talvez uma pena especial de internamento, também só causou prejuízos de 200 milhões de euros.