Li aqui há dias em documento da “Pordata” que a taxa de analfabetismo em Portugal no censo de 2011 estava nos 5,3% e que em Idanha a Nova estava em 20%.
Exmo. Sr. Presidente da Câmara
Li aqui há dias em documento da “Pordata” que a taxa de analfabetismo em Portugal no censo de 2011 estava nos 5,3% e que em Idanha a Nova estava em 20%.
Confesso que, como cidadão, fiquei atónito, ainda para mais quando tinha interiorizado que as anteriores gestões municipais no v/ concelho tinham desempenhado um papel extraordinário no combate ao despovoamento, ao direito à cultura, ao crescimento e melhoramento das diversas infraestruturas, ao desenvolvimento de projetos empresariais, turisticos, etc. etc.
Mas, é caso para dizer que “no melhor pano cai a nódoa”; de facto, como é possível que ao longo de anos e anos de democracia e de alargamento do acesso ao ensino subsista ainda 20% da população do concelho da Idanha, nas suas atuais 13 freguesias, correspondentes a cerca de 1900 pessoas, que são analfabetas?!
É certo que estamos perante um concelho extenso - salvo erro o quarto maior do país - pouco povoado (9 700 habitantes em 2011, quando em 1960 tinha 30 mil habitantes), envelhecido, mas, ainda assim, julgo que teria sido possível - se tivesse havido vontade e determinação - efetuar campanhas de alfabetização junto dos mais idosos - que suponho serem atualmente os que mais contribuem para esta elevada taxa de analfabetismo - tendo em vista ensiná-los a ler e, com método, dedicação e paciência, tê-los preparado para fazer o exame final do ensino básico, ensinando-lhes outras matérias indispensáveis a essa concretização (aritmética, história de Portugal, geografia, etc.).
Tal como está, esta situação é uma chaga, uma nódoa no concelho de Idanha a Nova, cujas repercussões ensombram os sucessos que a edilidade tem tido noutras matérias.
É chegado o tempo de colmatar esta deficiente realidade!
Bem haja pela melhor atenção de V. Exa.
Com os melhores cumprimentos.