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Livro de Pedro Rego: Câmara disposta a preservar descoberta

José Júlio Cruz - 24/02/2024 - 11:10

Património artístico deve ser encarado como fator de desenvolvimento do território, referiu Leopoldo Rodrigues.

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Livro foi apresentado recentemente em Castelo Branco

Depois do primeiro lançamento na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, foi agora a vez da cidade de Castelo Branco receber a sessão de apresentação do mais recente livro de Pedro Rego, historiador de arte e advogado de Castelo Branco.

O evento teve lugar no passado dia 17 no salão nobre do Museu Francisco Tavares Proença Júnior (MFTJ), presidido pelo presidente da Câmara de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues.

O autor teve a oportunidade de apresentar o livro, tendo como pano de fundo a pintura que lhe deu origem, já que para o efeito a obra foi exibida naquele espaço. Intitulado “Sob um véu diáfano, o ânimo de um olhar: a propósito de um retrato de Bento Coelho da Silveira”, o livro de Pedro Rego, com prefácio de Vítor Serrão, permitiu trazer à luz do dia uma magnífica tela daquele famoso pintor português do século XVII que contém um retrato integrado do bispo da Guarda D. Frei Luis da Silva. De referir que essa pintura, apesar da sua grande qualidade e valor, persistia ainda na sombra, resguardada num compartimento inacessível ao público da Sé albicastrense.

Como sublinhou Pedro Rego, "esta obra contém o único retrato conhecido da autoria daquele artista, pelo que o mérito deste achado constitui um contributo de grande importância para a História da Arte Portuguesa".

Por esse motivo e sensível ao estado de conservação com que esta pintura chegou aos nossos dias, Leopoldo Rodrigues anunciou durante a sessão que está a ser estudada a possibilidade de se realizar um acordo de cedência com a Diocese de Portalegre e Castelo Branco, para que, depois de devidamente restaurada pela câmara, esta obra possa ser devolvida aos olhares do público, no núcleo de arte sacra do MFTJ juntamente com outras três obras do mesmo pintor.

“O património artístico pode e deve ser encarado como um fator de desenvolvimento do território, e a câmara está atenta a todas estas questões”, afirmou Leopoldo Rodrigues. Para concluir, o autarca dirigiu algumas palavras de reconhecimento ao autor do livro, incentivando-o “a prosseguir estudos desta natureza, já que através deles é possível conhecer, divulgar e valorizar o acervo artístico do concelho”.

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