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Louriçal do Campo: Colónia da Gardunha voltou a agitar a reunião de câmara

José Júlio Cruz - 23/12/2022 - 15:00

Câmara tem protocolo para cedência das instalações. Contudo, prefere esperar na expetativa de interesse privado.

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Degradação do edifício avança de ano para ano

O futuro das antigas instalações da colónia de média altitude de Louriçal do Campo voltou a ser tema de debate na reunião pública do executivo municipal de Castelo Branco que se realizou no passado dia 16.

A vereadora Ana Ferreira, do movimento Sempre, questionou se a mesma já tinha sido vendida pela Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa, ocasião aproveitada pelo presidente do município para lembrar que este assunto já tinha sido tema na última reunião pública deste executivo.

“Na CIMBB os serviços identificaram um protocolo com esta câmara para a cedência das instalações por 50 anos. Essa cedência foi protocolada em 2013 com a obrigação da autarquia ser responsável por efetuar uma intervenção de manutenção e em todo este tempo isso não aconteceu”, explicou Leopoldo Rodrigues. O autarca explicou que esta semana (dia 20) um governante iria estar em Castelo Branco a apresentar no âmbito do Programa Revive uma nova candidatura para o Colégio de S. Fiel (ver outra notícia nesta edição especificamente sobre esse tema) também em Louriçal, acrescentando que quer este, quer sobre a colónia e quer sobre a Tapada da Renda (outro exemplo também em Louriçal) a posição municipal se mantém: “Se houver privados interessados em investir que avancem, se não houver cá estaremos para analisar e avaliar qual será a nossa intervenção futura”.

Também do Sempre, o vereador Luís Correia veio depois dizer que “já tinha alertado para o contrato de arrendamento para várias décadas, a ideia era ali instalar um hostel e depois foi repensada para um centro de investigação da biodiversidade da Gardunha mantendo alguma valência de alojamento. O projeto foi feito e é lamentável que estejamos a prescindir da nossa posição”.

Hélder Henriques, vice-presidente da autarquia, e Luís Correia entraram nesta fase numa discussão mais acalorada. O primeiro questionando o então presidente sobre o facto de “se o projeto já foi feito em 2016 porque é que não avançou e não o executou?”, criticando a postura agora adotada enquanto oposição. O segundo respondeu dizendo que “efetuámos investimentos superiores a um milhão de euros em Louriçal do Campo, era um projeto maior que estava em curso e a colónia ficou para segundo plano e entretanto aconteceram os incêndios”.

A discussão acabou por derivar para outros temas, entre eles o das políticas de habitação e respetivas estratégias e o da devolução do IRS aos munícipes, também já debatidos em reuniões anteriores.

PÚBLICO O cidadão Luís Barroso, entre outros temas, trouxe à discussão o das habitações sociais no concelho, criticando o município por estar a proceder a aumentos antes do final do ano, tentando assim «escapar» às prerrogativas legais impostas pelo Governo para 2023. Neste particular, Leopoldo Rodrigues reconheceu que “depois de conhecer este assunto, revertemos essa decisão, concordo inteiramente consigo e não é correto efetuar esse aumento neste momento”. O autarca escudou-se numa decisão técnica e não política para justificar o que se estava a passar nesta área.

Francisco Soares, habitante da zona antiga, entregou por seu lado ao executivo uma missiva da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária em resposta a um conjunto de questões por si colocadas, tendo em consideração o que se passa nas artérias daquela zona da cidade. Um tema que também costuma levar às reuniões públicas do executivo.

Falou ainda do cemitério de Castelo Branco e de um conjunto de questões que em seu entender não estão a ser tratadas de igual modo na cidade e nas freguesias.

 

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