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Mãos de Horta: Mercado está a crescer no coração da cidade

Lídia Barata - 24/09/2022 - 8:00

Têm produções sustentáveis, na sua maioria são estrangeiros e desde agosto que aos sábados se reúnem junto à praça Camões.

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O mercado ocupa a parte exterior do restaurante

O projeto que está a ganhar a forma de um mercado de produtores iniciou de forma espontânea, em agosto, na esplanada do restaurante Mãos de Horta, estendendo-se agora ao piso térreo do edifício do Património, onde funcionava a discoteca.

produtores locais que ali se deslocam semanalmente, foram crescendo em número, através do “passa palavra”, Têm produções biológicas ou integradas, alguns têm artesanato, são na sua maioria da comunidade estrangeira residente na região e têm encontrado neste espaço uma plataforma para dar a conhecer os seus produtos e promover momentos de convívio e partilha.

Ao Reconquista a equipa Mãos de Horta explica que são produtores locais e alguns deles já foram fornecedores do restaurante. “Tal como a produção Mãos de Horta já fornecia o espaço, antes de ter assumido a gerência, alguns destes produtores também já foram nossos fornecedores. Atualmente, temos agora uma horta biológica e integrada que já nos garante de 80 a 90 por cento do que consumimos”, esclarece.

Muitos produtores são da comunidade estrangeira que reside na região

 

Este movimento mercantil “começou no mês de agosto e tem corrido muito bem. As pessoas têm aderido ao conceito, mas falta ainda alguma divulgação, por isso, acreditamos que pode melhorar ainda mais. Contudo, no inverno não sabemos como poderá correr este tipo de eventos, porque há uma parte coberta, mas muitos produtores estão na parte exterior, na envolvente da esplanada e pode não ser tão interessante, mas era bom mantermos estas atividades, quer porque é uma oferta diferente para os albicastrenses, mas também como complemento à oferta do restaurante e bar”.

Todos os dias, da horta própria, chegam tomate, abóbora, courgette, couve, alface, cenoura… uma panóplia de vegetais que, consoante a sazonalidade, ditam a tendência da ementa e o prato do dia, por princípio vegetariano. Mas a carta prevê exceções. “Apesar do conceito vegetariano que mantemos, porque o prato do dia é sempre vegetariano, não somos fundamentalista. Na Beira Baixa é importante ter uma alternativa para quem não segue este conceito ou não aprecia e, sozinhos ou em grupo, podem reservar previamente um prato de carne ou peixe”, explica a equipa Mãos de Horta, que, assume que “manter o restaurante só como vegetariano seria o ideal, mas ainda há quem resista e é preciso ter alternativa, pelo menos até conhecerem o conceito. Muitos ficam surpreendidos pelo sabor e acabam por gostar e quendo voltam já optam pelos pratos vegetarianos”.

Os produtores presentes neste mercado também têm um conceito de produção sustentável, com produção integrada e biológica, mas há também um vendedor de pizza, que tem carne, há animação com música ao vivo e cada produto, na sua maioria da comunidade estrangeira que vive na região, traz mais amigos. “Seria bom que este mercado se mantivesse e até crescesse”, reforça a equipa que abre portas de terça-feira a sábado, como restaurante e bar. A sala com acesso pela praça de Camões é só para refeições, mas a sala da esplanada funciona também como bar. “O espaço foi todo remodelado e no bar queremos fazer uma estufa fria”, estando a experimentar vários tipo de plantas, no sentido de perceber quais as mais resistentes a este conceito, que também pretende marcar pela diferença na cidade.

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