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Maternidades: Câmara de Castelo Branco considera “descabida” proposta de fecho

Reconquista - 13/10/2022 - 23:24

Leopoldo Rodrigues diz que apelos para a fixação de população no interior de nada valem com o fecho de serviços fundamentais.

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Câmara garante que não foi consultada pelos autores do relatório. Foto arquivo Reconquista

O presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco considera “descabida” a hipótese de encerramento da maternidade do Hospital Amato Lusitano, tal como será sugerido no relatório da comissão de acompanhamento mandatada pelo Governo para estudar o assunto.

Leopoldo Rodrigues começa por estranhar “que um grupo de peritos faça uma proposta nacional e que eventualmente sinalize Castelo Branco como possível de fechar sem falar com o presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco e se falar com os outros atores locais do Serviço Nacional de Saúde”.

O autarca socialista argumenta que não há notícia de que a maternidade tivesse a necessidade de fechar por falta de médicos como aconteceu noutros hospitais ao longo deste verão.

Lembra também que Castelo Branco é uma capital de distrito e um concelho com uma grande área territorial, atendendo grávidas de outros concelhos vizinhos e mesmo de fora do distrito.

Na sua opinião trata-se ainda de uma questão de coesão territorial.

“Não podemos andar todos os dias a fazer apelos para que as pessoas venham viver para o interior e depois fechamos serviços que são fundamentais para que isso aconteça”.

O relatório ainda não é público mas as notícias divulgadas nos últimos dias e que não foram desmentidas apontam para a proposta de encerramento das maternidades de Castelo Branco e da Guarda, mantendo-se a da Covilhã.

Há cerca de um mês, durante uma visita ao concelho de Castelo Branco, a ministra da Coesão Territorial garantia que o Governo não pretendia encerrar e concentrar maternidades no eixo Castelo Branco-Covilhã-Guarda apesar das dificuldades evidentes em assegurar profissionais para os serviços de obstetrícia.

COMENTÁRIOS

JMarques
à muito tempo atrás
Suponha-se que o caminho que o poder já tinha percorrido para completar o encerramento e desertificar o interior, já tinha chegado a fim, mas afinal ainda não, faltava ainda encerrar as maternidades.
Mas os beirões não se podem queixar, porque o poder só prometeu acabar com as portagens nas SCUT e não cumpriu, ao contrário das maternidades, nunca prometeu fechá-las e vai fazê-lo, sem ter prometido, é uma espécie de bónus.
Quanto às lágrimas de crocodilo do Sr. º Presidente da CMCB, convém não se esquecer que é o seu partido que governa, e onde tem também consideráveis responsabilidades partidárias, por isso convém não menosprezar a inteligência dos seus conterrâneos, nem apelidá-los de totós e não vir fazer o papel de virgem ofendida.
Luisa Campos
à muito tempo atrás
JMARQUES, tem razão! Ilariantes comentários!! O PS está a arrastar o país para o lamaçal e o mesmo faz com o interior!! António Costa não tem respeito por ninguém e muito menos pelo interior, qual bandeira que só ergue em campanhas eleitorais! Tristes governantes que não estimam o interior e só o utilizam para servir de trampolim para outros voos.
A nova Comissão Concelhia do PS já tomou posse?
Aqui tem um assunto deveras importante, o Hospital Amato Lusitano que em breve poderá encerra várias valências por falta de médicos. Atraiam e fixem médicos, enfermeiros e outros técnicos de saúde para o interior. Sem saúde não há prosperidade!
JMarques
à muito tempo atrás
Srª LC: A ignorância, a falta de ética e interesses obscuros tolda-lhes a visão e o raciocínio.
Pobre sociedade que aceita sem estrebuchar estas condições e afrontas e não se levanta e ergue!
Tristemente, sou levado a pensar que os eleitos estão bem para os eleitores e vice-versa.