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Mães coragem ucranianas

Comissão Episcopal do Laicado e Família - 30/04/2022 - 9:20

Dia 1 de maio é Dia da Mãe, um dia para homenagear todas aquelas mulheres que são mães porque geraram, porque educaram com todo o amor e assertividade que só uma mãe sabe conjugar...

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Dia 1 de maio é Dia da Mãe, um dia para homenagear todas aquelas mulheres que são mães porque geraram, porque educaram com todo o amor e assertividade que só uma mãe sabe conjugar, porque corrigiram para tornar melhores aqueles que amam, os ajudaram a crescer e os protegeram nos perigos. A história está cheia de mães fortes nos sacrifícios por causa dos filhos e heroínas quando foi necessário protegê-los.
Este ano, não podemos ficar indiferentes aos muitos relatos provocados pela guerra na Ucrânia e feitos por tantas e tantas mães obrigadas a opções dolorosas para salvarem os filhos dos perigos e porventura da morte.
“Começou a guerra”, “mas porquê esta guerra?”… Com estas palavras muitas mães, em lágrimas, começam a relatar como viveram o início da invasão da Ucrânia e como concluíram ser necessário fugir para o estrangeiro ou outras cidades mais em paz… Algumas enviaram os filhos sozinhos ou com alguém conhecido para países estrangeiros, outras acompanharam-nos elas próprias, saindo da sua terra e casa em direção ao desconhecido, deixando maridos a combater e outros familiares para trás. O importante são os seus filhos…
É assim a mãe, vive para continuar a dar vida e dar a sua vida se necessário por aqueles que Deus lhes confiou.
Neste Dia da Mãe de 2022, a Igreja quer prestar a sua homenagem a todas estas “mães coragem” de todos os dias, as que nunca desistem de cuidar, proteger e ensinar a crescer saudáveis os seus filhos. Quer de modo particular deixar uma palavra de esperança a todas estas mães que estão em fuga às bombas e ameaças à vida. A elas se convida a dirigirem o olhar e preces para Nossa Senhora, a Mãe de Jesus, que viveu igualmente momentos terríveis para salvar o Filho Jesus. Ela foi e é modelo de dedicação até ao fim à sua missão de mãe, nos momentos felizes, mas também nos dramas. Pense-se como terá vivido a fuga para o Egito, um país estrangeiro, depois de perceber que a vida do filho corria perigo, ou quando o perdeu e o reencontrou no Templo passados três dias, ou ainda quando o acompanhou impotente no caminho do Calvário com uma pesada cruz às costas e o recebeu morto no seu colo.
Gostaríamos de contribuir com as nossas preces, acolhimento, apoio e suporte para que cada uma destas mães consiga manter uma esperança firme, como aconteceu com Maria de Nazaré, que, sem desânimo e com a ajuda de S. José, regressaria do Egito para a sua terra. Perante a mais dolorosa experiência para uma mãe que é perder um filho, ela aceitou tornar-se mãe de João junto à cruz e, nele, de toda a humanidade. Perdeu o Filho, mas ganhou um imenso campo de missão. A isto se chama não perder a esperança. Deus nunca abandona os Seus filhos, ouve os seus gritos e manifesta o seu amor mesmo por cima dos escombros da nossa miséria.
Estes dias onde se tem visto, quase em direto, o pior do ser humano, também se tem assistido a muita compaixão, muita dor repartida e consolada, muita solidariedade heroica, numa palavra, o que de melhor há no ser humano. 

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