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Mensagens: Um “muito obrigado” de Roma, Tete e Timor

Lídia Barata - 26/05/2022 - 8:00

D. Augusto César recebeu mensagens do Papa Francisco, do bispo de Tete, em Moçambique, e do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

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A família Marcelo Rebelo de Sousa há muito convive com D. Augusto César

Na celebração dos 50 anos de ordenação como bispo de D. Augusto César chegaram algumas mensagens de longe. D. Antonino Dias, bispo da Diocese de Portalegre-Castelo Branco, deu conta da carta autografada, com uma bênção apostólica, enviada pelo Papa Francisco, que foi lida pelo núncio apostólico, D. Ivo Scapolo; mas também da Diocese de Tete, em Moçambique, chegou uma mensagem do bispo D. Diamantino Antunes, lida pelo cónego Emanuel Silva. No final da celebração, por vídeo, chegou a mensagem do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, em visita oficial a Timor.

Desde Roma, o sumo pontífice agradece a D. Augusto César “o longo e diligente zelo apostólico, cuidadosamente exercido nas dioceses de Tete e de Portalegre-Castelo Branco”, bem com “a solicitude apoiada no grande espírito missionário e no amor do Evangelho, pela qual consagrou visível obra a favor do povo de Deus, apresentando a todo o rebanho um exemplo e um testemunho da benignidade e da ardente caridade de Jesus”.

D. Diamantino Antunes, bispo de Tete, manifestou a sua “imensa alegria pelo “longo e fecundo ministério episcopal” de D. Augusto César. Expressa ao jubilado “sincera gratidão, por ter exercido os primeiros anos do seu episcopado como pastor desta Diocese de Tete, sucedendo a D. Felix Niza Ribeiro, também ele natural da Diocese de Portalegre e Castelo Branco”. Recorda que “o momento político de então (1972-1976) era confuso e os sinais do caminho difíceis de ler. Além da turbulência da guerra, tão dura como cruel, sentiam-se as pressões dos grupos exteriores e das ideologias que procuravam dominar. Umas e outras dificultavam a ação pastoral da Igreja em terras de Tete”. Mas, “com paciência e sabedoria soube atravessar esses momentos difíceis e fazer da melhor maneira a entrega do testemunho”. O prelado moçambicano frisou que muitos ainda recordam D. Augusto César, deixando-lhe um vincado “muito obrigado”, quer em português, quer na língua nianja: “zikomo kwambiri, tatenda kwenikweni, takhuta maningi”.

MEMÓRIA Baltazar Leite Rebelo de Sousa, antigo governador-geral de Moçambique e sucessivamente ministro da República em várias áreas, fez uma das leituras na celebração da Ordenação Episcopal do D. Augusto César. D. Antonino Dias explica que a família Rebelo de Sousa permaneceu muito próxima do jubilado, o que justifica a mensagem do Presidente da República. Em vídeo, Marcelo Rebelo de Sousa parabeniza D. Augusto César, reiterando o que os une. Desde logo, “a evocação dos meus pais, que adoravam o D. Augusto César”, assumindo ter bebido “dessa admiração, dessa consideração, desse carinho, dessa proximidade e amizade”. Esta ligação afetiva deu mote à sua mensagem mais pessoal. De D. Augusto César destaca que “sempre foi, é e continuará a ser, a pessoa boa, boa no caráter, boa na personalidade, boa na doação aos outros e doação integral, doação até com sacrifício físico, e a pessoa generosa e alegre, extrovertida”.

À mensagem pessoal junta a mensagem cívica. “À sua maneira, serviu Portugal, ou vários ‘portugais’, em tempos diferentes. Um Portugal do tempo do império, um posterior ao fim do império, um em terras africanas, um em terras europeias, um Portugal vivido no interior, ou nos vários interiores, nas várias periferias, de que nos fala o Papa Francisco”, sublinha. Periferias que, “no fundo, são os mais marginalizados, mais excluídos, territorialmente mais afastados, mais esquecidos. D. Augusto César lá estava, em tarefas difíceis, até essa tarefa difícil que é uma Diocese feita de duas dioceses: Portalegre e Castelo Branco”, deixando assim um agradecimento em nome de todos os portugueses.

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