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Ministra preside ao lançamento do livro "Políticas Educativas em Confronto"

Reconquista - 28/03/2024 - 11:18

A ministra do Ensino Superior presidiu à cerimónia de lançamento do livro “Políticas Educativas em confronto”. A obra foi coordenada pelo investigador João Ruivo e pelo jornalista João Carrega.

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A Ministra e o Diretor-Geral com os coordenadores da obra, João Ruivo e João Carrega

A ministra da Ciência e do Ensino Superior presidiu ao lançamento do livro “Políticas Educativas em Confronto - uma década de testemunhos sobre o sistema educativo em Portugal”. A obra, coordenada pelo professor e investigador João Ruivo, e pelo jornalista albicastrense e presidente do Conselho Geral da Universidade de Évora, João Carrega, foi apresentada no passado sábado, em Lisboa, no auditório da Futurália, numa sessão em que participou também o Diretor-Geral do Ensino Superior, Joaquim Mourato.

Elvira Fortunato aproveitou o momento para recordar que entre 2015 e 2024 o Orçamento de Estado para o ensino superior subiu 58,7%. “De 1,827 milhões de euros passou -se para 2,9 milhões de euros”, disse, acrescentando que os beneficiários de ação social subiram de 63 mil 628, em 2015, para 77 mil 778 em 2023. “Também nesse período houve um aumento de 15 pontos percentuais de jovens, com 20 anos, a frequentar o ensino superior”, realçou a ministra.

Por sua vez, o Diretor-Geral do Ensino Superior, Joaquim Mourato, que apresentou a obra, frisou o crescimento que o ensino superior teve no nosso país, as medidas que têm sido tomadas para que mais jovens estudem, e o contributo que o Ensino Magazine tem prestado ao setor.

Na sua intervenção João Ruivo focou-se em três aspetos que marcaram a última década no panorama educativo: “O baronato de Passos Coelho/Nuno Crato, e a defesa da escola neoliberal, elitista e comprometida com indicadores economicistas; Com o protagonismo dos mesmos atores, sobreleva-se o espigão da Troika, que, infelizmente, martirizou Portugal e os portugueses; o principado de António Costa/Tiago Brandão/João Costa, os quais tentaram retomar o paradigma da escola pública, democrática e para todos, mas onde se atravessou o espinho do Covid-19, que apanhou todas as escolas desprevenidas e a entrar em modo de improviso, ou, se preferirem, no salve-se quem puder; e com os mesmos protagonistas surge um influente, diferente e heterogéneo movimento sindical, adepto da convocação de ações públicas e de greves, as quais abalaram a estrutura e postura do Governo e o arrastaram para uma grave erosão política junto da opinião pública”.

João Carrega abordou a evolução que o ensino superior teve na última década em Portugal, os condicionalismos resultantes da intervenção da Troika, da pandemia, da guerra na Ucrânia, da subida da inflação e da queda do Governo de António Costa. Aquele responsável considerou que há matérias às quais o governo cessante procurou dar resposta, como a fórmula de financiamento das instituições de ensino superior (IES), a revisão do Regime Jurídico das IES ou a autonomia das academias. Desafios que começaram a ser trabalhados e que “importa que tenham continuidade”. Destacou ainda a importância da rede de ensino superior, na sua missão principal de formar, qualificar e investigar, mas também como instrumento de coesão territorial.

A obra, agora apresentada, surge na sequência dos livros “Políticas e Políticos da Educação” e “Políticas Educativas em Portugal”, já esgotados, os quais reuniram uma seleção de entrevistas efetuadas a diferentes atores do sistema educativo e cultural entre 1997 e o início de 2014, e publicadas no Ensino Magazine. Com edição da RVJ Editores, o livro “Políticas educativas em confronto - Uma década de testemunhos sobre o Sistema Educativo em Portugal” retrata o caminho percorrido nos 10 anos que medeiam estas obras e de como as políticas educativas alteraram o panorama do ensino em Portugal.

As 64 entrevistas selecionadas, efetuadas pelos jornalistas Nuno Dias da Silva e João Carrega, apresentam ameaças e oportunidades, indicam caminhos, e discutem o estado da arte de um setor fundamental para o desenvolvimento do país. De entre os entrevistados encontram-se nomes como David Justino, Maria da Graça Carvalho, Manuel Sérgio, Galopim de Carvalho, Carlos Zorrinho, Joaquim Azevedo, Correia de Campos, Alexandre Quintanilha, Pedro Dominguinhos, Nuno Crato, Joaquim Mourato, Ana Jorge, Luís Moniz Pereira ou João Goulão, entre outras personalidades

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